Pular para o conteúdo
Transparência

Às vésperas de sentença, promotor reforça compra forjada para condenar ex-diretores do HRMS

Dupla é acusada de desvios de R$ 20 milhões por simular compras de produtos que nunca chegaram ao hospital
Gabriel Maymone -
hrms julga desvios
Rehder (acima) e Aldenir são réus por desvios quando eram diretores do HRMS (Reprodução, Ana Laura Menegat/ Midiamax)

O MPMS (Ministério Público de ) apresentou alegações finais reforçando pedidos de condenação de dois ex-diretores do HRMS (Hospital Regional de MS), Rehder dos Santos Batista e Aldenir Barbosa do Nascimento () – prefeito reeleito em . Os dois são réus em ação por improbidade administrativa e acusados de desviar R$ 20 milhões do hospital.

A Justiça já realizou quatro audiências e ouviu todas as testemunhas e os réus. Agora, o processo de improbidade administrativa entra na fase final antes da sentença.

Assim, o promotor de Justiça, Adriano Lobo Viana de Resende, apresentou as alegações finais sobre o caso. Para pedir a condenação da dupla, o representante do MP reforça que os ex-diretores agiram com intenção de se beneficiar com desvios de dinheiro público.

Para isso, aponta que durante o processo, documentos e testemunhas reforçaram a compra falsa de produtos que nunca foram entregues ao hospital. O MP aponta que os ex-diretores forjaram a compra de 90 kits de teste de Metotrexato, que seria suficiente para abastecer o consumo por 18 anos no hospital. “Laboraram nitidamente visando o desvio de vultosas quantias de dinheiro público,trazendo-lhe ganhos imotivados e abusivos”, pontua.

Caso seja condenado, o prefeito de Novo Horizonte do Sul pode perder seu mandato e ter direitos políticos suspensos por até dez anos. Rehder encontra-se, atualmente, preso em Santa Catarina.

Grupo simulava compra de medicamentos

Conforme a denúncia do MPMS, Rehder, juntamente com o ex-diretor administrativo e financeiro do hospital na época, Aldenir, praticaram os desvios juntamente com os empresários.

Estoque no HRMS (Reprodução, MPMS)

Ao menos quatro denúncias contra Rehder e Aldenir tramitam no (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) por suspeita de desvios do HRMS. Os valores ultrapassam os R$ 20 milhões desviados no período de 4 anos.

As ações do MPMS indicam que os dois, então servidores da Funsau (Fundação Serviços de Saúde), atuavam com mais servidores e também com empresários, donos de lojas de venda de medicamentos.

Desta forma, o grupo simulava a compra de vários tipos de medicamentos e também materiais hospitalares, mas esses produtos nunca chegavam. Mesmo assim, inseriam os dados falsos no sistema, como se os produtos dessem entrada e também saída.

Acontece que esses produtos nunca chegaram ao hospital, mas as empresas receberam. Essas, por sua vez, emitiam notas falsas e depois dividiam os valores com os servidores.

Em uma das ações apresentadas pelo MPMS, conversas entre Rehder e um empresário, que chegou a ser detido em flagrante na Operação Parasita, são expostas. Em trechos, é possível ver o empresário negociando a entrega de um Prisma para o servidor.

Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram

Medicamentos não chegavam ao HRMS

Em uma das denúncias, datada de abril, o MPMS indica que o grupo criminoso simulou em 2016 a compra de kits de imunotestes de metotrexato.

Porém, uma funcionária acabou estranhando a grande quantidade de kits comprados. Segundo dados identificados nos sistemas do HRMS, a média anual de consumo desses kits era de 5 por ano, considerando que cada kit tinha 100 testes.

No entanto, os suspeitos teriam feito a compra de 90 kits em 2016, o que duraria ao menos 18 anos. Mesmo assim, eles deram entrada nos produtos no sistema e, no mesmo dia, deram baixa nos 9.000 testes.

Foi comprovado que, em 2016, foram feitos apenas 141 exames daquele tipo. Ou seja, menos de 2 kits foram utilizados.

Neste ano, foram oferecidas denúncias em abril, março e a última em julho. Em todas, os valores dos desvios apresentados são milionários, chegando ao total de R$ 22.099.083,20.

Sabe de algo que o público precisa saber? Fala pro Midiamax!

Se você está por dentro de alguma informação que acha importante o público saber, fale com jornalistas do Jornal Midiamax!

E você pode ficar tranquilo, porque nós garantimos total sigilo da fonte, conforme a Constituição Brasileira.

Fala Povo: O leitor pode falar direto no WhatsApp do Jornal Midiamax pelo número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Se preferir, você também pode falar com o Jornal direto no Messenger do Facebook.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Foragido e motorista são presos com uma tonelada de maconha em Campo Grande

inss

INSS estima iniciar ressarcimento de aposentados no dia 24 de julho

Identificado ciclista que morreu em acidente na MS-162 em Sidrolândia

Israel e Irã se declaram vitoriosos em conflito

Notícias mais lidas agora

‘Qualidade superior’: MPMS paga quase R$ 100 no quilo do café para empresa mineira

PF deve investigar jovem que fingia ser estudante de medicina na UFMS e atuava no hospital

cpi LÍVIO CONSÓRCIO

Sem resultados, CPI já gastou mais de R$ 100 mil e dispensou oitiva com dono do Consórcio

loteria

Apostas em Rochedo acertam cinco números na Mega e ganham R$ 17 mil cada

Últimas Notícias

Esportes

Chelsea supera o corajoso Espérance e enfrenta o Benfica nas oitavas do Mundial

O Chelsea volta a campo no sábado

Trânsito

Adolescente em moto sofre grave ferimento ao colidir contra árvore

Perdeu o controle da direção e bateu contra a árvore

Brasil

Serra Catarinense tem sensação térmica de 29 ºC negativos

A temperatura mais baixa foi registrada às 4h da madrugada

Esportes

Flamengo protagoniza jogo morno, tem trave como inimiga e empata com LAFC no Mundial de Clubes

Filipe Luís optou por modificar a equipe para poupar energias mirando a próxima fase