O DOU (Diário Oficial da União) trouxe nesta sexta-feira (1º) a criação de um Grupo de Trabalho para aprimorar a gestão de segurança de visitação nas UCs (Unidades de Conservação) federais.
No começo de julho, uma menina de 11 anos caiu no Cânion Fortaleza, no Parque Nacional da Serra Geral, em Cambará do Sul (RS). Além deste caso, a comoção nacional pela morte de Juliana Marins em um vulcão na Indonésia ajudou a fomentar a discussão sobre a segurança em trilhas e atividades ao ar livre.
Assim, o grupo do governo deve avaliar a aplicação prática das diretrizes institucionais vigentes em relação à segurança da visitação. Das fiscalizações deve sair um relatório com recomendações e resultados para qualificar a gestão da segurança.
Mato Grosso do Sul tem 20 dessas unidades, como a Serra da Bodoquena, a Estância Caiman e o Buraco das Araras. Inclusive, na Caiman, em Miranda, grande parte permanece fechada à visitação.

Riscos no turismo
O diretor-executivo da Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), Luiz Del Vigna, lembra que um passeio a cavalo, uma descida em uma tirolesa e até uma caminhada em uma trilha no parque implicam risco.
“Nas atividades de turismo de aventura, em ambientes naturais, ambientes não controlados, é evidente que os riscos de acidentes, de incidentes, são maiores”, diz.
“Então, como há esse risco, a gente tem que se preparar e por isso criamos um conjunto de normas técnicas sobre gestão de segurança”, complementa.
Del Vigna explica que são 44 as regras que regulam o setor do turismo de aventura, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor. Entre as medidas previstas nas normas está o direito do consumidor saber que está pagando por uma atividade que implica um risco.
Parques seguros
Dentro dos parques, o processo de fiscalização e a presença de normas técnicas no processo de concessão minimiza os riscos, afirma Del Vigna. O mesmo não ocorre no mercado externo de turismo de aventura.
A informalidade, a falta de fiscalização e a forma de consumo pelo consumidor, que prioriza o custo à segurança, representam os principais desafios para o setor, no quesito minimizar riscos.
“Os parques nacionais brasileiros têm segurança, eles não oferecem riscos adicionais aos que são característicos da região. Não é um risco diferente de você estar em Copacabana, ou na Avenida Paulista”, afirma.
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