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Transparência

Servidora da corregedoria do Detran-MS presa por fraude está grávida e vai para casa com tornozeleira

Pivô de esquema que 'lucrou' ao menos R$ 2 milhões ficou presa por dois meses e meio
Gabriel Maymone -
Yasmin Osório Cabral recebia propina para fraudar sistema do Detran-MS (Reprodução)

Servidora que atuava na corregedoria do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), Yasmin Osório Cabral – suspensa das funções por seis meses – conseguiu conversão da prisão preventiva para domiciliar e deve colocar tornozeleira nesta quinta-feira (22).

Ela ficou presa por dois meses e meio e estava em uma das celas do presídio feminino ‘Irmã Irma Zorzi’, no bairro Coronel Antonino, em .

A defesa da servidora fez o pedido com base na gravidez de Yasmin. O MPMS (Ministério Público de ) chegou a contestar a autenticidade da gravidez. Então, o juiz solicitou que a direção do presídio “encaminhe os documentos referentes ao atendimento médico de Yasmin Osorio Cabral, em tese, gestante”.

Assim, com a comprovação da gestação, foi concedida a domiciliar de Yasmin mediante monitoramento eletrônico da tornozeleira. A Justiça também determinou que ela não tenha contato com servidores do Detran-MS ou com testemunhas do processo.

A reportagem do Jornal Midiamax apurou que até início da manhã desta quinta-feira (22) a servidora suspensa ainda não havia colocado a tornozeleira. Porém, deve colocar ainda hoje.

A defesa de Yasmin havia tentado habeas corpus, mas mudou de estratégia e desistiu do pedido após ter liminar negada.

De ‘Supergirl’ heroína do trânsito a prisão por fraude no Detran-MS

Yasmin Osório Cabral atuava na corregedoria do Detran-MS (Reprodução)

Conforme investigações do Dracco (Departamento de Repressão à e ao ), ela agia em conluio com o despachante David Clocky Hoffaman Chita, que está foragido.

Assim, após operação do Dracco apreender documentos, a Justiça expediu pedido de prisão contra Yasmin pela juíza da 3ª Vara Criminal, Eucélia Moreira Cassal, e cumprido na noite do dia 6 de julho (sábado), na casa dela, no bairro São Lourenço, em Campo Grande.

Depois, ela acabou sendo levada ao presídio ‘Irmã Irma Zorzi’, onde permanece reclusa.

Ela recebia propina para, clandestinamente, dar baixas em caminhões com restrições, em fraude cometida em conjunto com o despachante David Clocky Hoffaman Chita.

Yasmim estava lotada por último na Corregedoria de Trânsito (Cotra) do Detran-MS.

Yasmin foi acusada de tentar dar golpe no próprio pai

Boletim de ocorrência registrado em novembro de 2022 na 1ª DP (Delegacia de Polícia) de Campo Grande coloca Yasmin como autora de crime de estelionato, tendo como vítima o próprio pai.

Conforme o registro policial, a acusação ocorreu após a Polícia Civil receber ofício da Corregedoria da Superintendência Regional da Polícia Federal em MS, que identificou fraude na antecipação de saque-aniversário do FGTS de um homem.

Segundo a polícia, Yasmin teria se passado pelo pai junto ao Banco Pan para conseguir sacar os valores.

Operação revela fraudes no Detran-MS

Conforme o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), Yasmin teria participado de esquema que rendeu cerca de R$ 290 mil em apenas um dia – mas os valores podem chegar a R$ 2 milhões. Ela seria pivô da investigação e teria papel-chave na identificação dos “beneficiários” dos desvios ocorridos no Detran-MS.

Conforme a polícia, a servidora obtinha clandestinamente senha de outros servidores, acessava o sistema e identificava caminhões com restrições. Então, passava informações para o despachante David Cloky Hoffamam Chita, que exigia o pagamento de R$ 10 mil dos proprietários para liberar os veículos.

Assim, ao receber os valores, a servidora liberava as restrições no sistema e o despachante baixava a documentação. Ao menos 200 veículos liberados irregularmente pelo grupo estão identificados.

Ainda ficou constatado nas investigações que Yasmin receberia presentes de David como um iPhone 15 Pro Max, joia e valores no Pix.

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