Prejuízos ao transporte escolar em Rochedo serão investigados por inquérito civil

O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito civil para investigar prejuízos ao transporte escolar na região conhecida como “São João Novo”, em Rochedo, a 86 quilômetros de Campo Grande, decorrente da falta de manutenção da ponte de madeira sobre o córrego São João.

Trata-se do inquérito civil nº 06.2024.00001143-2, instaurado no último dia 26 de novembro e publicado no DOMPMS (Diário Oficial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul) desta sexta-feira (29), por meio do edital nº 0050/2024/PJ/RNG, da Promotoria de Rio Negro.

A investigação ocorre porque, no dia 5 de junho deste ano, denunciante apresentou pedido de providências, junto à Prefeitura de Rochedo, quanto à reforma total da ponte de madeira sobre o córrego São João, que está totalmente destruída desde o ano de 2017 e, por isso, está impedindo o transporte de veículos, o que limita e dificulta a exploração de atividade pecuária e agropecuária na região, e também impede o serviço de transporte escolar, em total prejuízo à educação dos filhos dos funcionários que trabalham em propriedades rurais da região afetada.

Ainda, no dia 26 de novembro, Piloneto encaminhou ofício ao prefeito de Rochedo, Francisco de Paula Ribeiro Junior, o Juninho (PSDB), para que, em 10 dias úteis, este apresente informações sobre os fatos, especialmente no que diz respeito ao prejuízo ao transporte escolar, em especial: i) encaminhe o mapa da linha de transporte escolar da região afetada; ii) informe quantos alunos residem na localidade; iii) informe qual o local e o horário de embarque e desembarque dos alunos; e iv) apresente outras informações que entender pertinentes, inclusive quanto à previsão de reforma da ponte de madeira afetada.

Posicionamento da prefeitura

O Jornal Midiamax entrou em contato com o prefeito de Rochedo, que garantiu à reportagem que “a linha é feita todos os dias”. “A informação de que há algum prejuízo na linha é uma distorção. Nós fazemos [o transporte na linha em questão] todos os dias. Quando eu assumi a prefeitura, em 2017, existiam mais ou menos 400 faltas de transporte por ano. Hoje, estou entregando com as faltas praticamente zeradas”, disse.

Questionado sobre a resposta ao MPMS, o prefeito garantiu que será realizada no prazo estipulado. “Nós vamos responder. Nesses próximos dias, encaminharemos um ofício com todos os questionamentos feitos pela Promotoria de Justiça de Rio Negro”, finalizou.