Pecuarista investigado por desmatar e despejar substâncias tóxicas no Pantanal de MT teve empresa em Campo Grande

Toneladas de agrotóxicos eram jogadas de avião sobre a mata preservada

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Imagem (Fantástico)

O pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, investigado por desmatar e despejar substância tóxica no Pantanal, em Mato Grosso, é ex-empresário que teve comércio de comando de diesel, transporte e logística na rodovia da BR-163, em Campo Grande. O estabelecimento esteve ativo por diversos anos na cidade.

Ele tem 11 fazendas no município de Barão de Melgaço, em Mato Grosso, é acusado de desmatar parte do Pantanal para plantar capim e fazer pasto para boi. Reportagem produzida e exibida pelo Fantástico neste domingo (14) revela que, diante do imbróglio, as propriedades dele vão ser administradas por uma empresa escolhida pela justiça.

A decisão é válida até que terminem as investigações sobre esse crime ambiental de proporções gigantescas. As áreas onde houve desmatamento somam 80 mil hectares – o tamanho da cidade de Campinas, em São Paulo.

Segundo investigadores ouvidos na reportagem, o foco do fazendeiro era acabar com a vegetação mais alta, o que resultou em imensas manchas cinzas na paisagem, formada de árvores que perderam todas as folhas – resultado de um processo chamado de desfolhamento químico, provocado quando se faz uma pulverização criminosa ao lançar de avião toneladas de agrotóxicos sobre a mata preservada.

Notas fiscais apreendidas revelam que, só com a compra de agrotóxicos, o pecuarista gastou R$ 25 milhões. Segundo a Secretaria, o fazendeiro usou 25 agrotóxicos diferentes, um deles tem a substância 2,4-D. O produto químico é altamente tóxico usado pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.

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