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Transparência

Para cuidar de jardins e até de pomar, Ministério Público de MS prevê gastar R$ 3,8 milhões

Licitação prevê gastos de R$ 3,27 milhões com jardinagem do MPMS em Campo Grande. Prédio da PGJ é destaque, com jardins, áreas verdes e até pomar a ser cuidado
Humberto Marques -
Licitação prevê gasto milionário com jardins do MPMS na Capital em 60 meses (Jornal Midiamax, Arquivo)
Licitação prevê gasto milionário com jardins do MPMS na Capital em 60 meses (Jornal Midiamax, Arquivo)

Pregão eletrônico organizado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) prevê a contratação de empresas para cuidar dos jardins e demais áreas verdes que integram prédios do órgão em Mato Grosso do Sul. Dividido em 37 lotes, o certame prevê despesas totais de até R$ 3,8 milhões.

Assim, do total, a maioria está direcionada para as sedes da Procuradoria em Campo Grande. Serão R$ 3,27 milhões ao longo de 60 meses, com previsão de gasto mensal superior a R$ 50 mil com o paisagismo. O prédio da PGJ, com vasos, gramado e até pomar, como destaca estudo da licitação, é o que merece mais atenção.

Contudo, a licitação dos “jardins milionários” do MPMS em Campo Grande é parte de um certame. Assim, há outros 36 lotes, referentes a unidades do Ministério Público Estadual no interior. Para estes, juntos, o gasto máximo previsto é de R$ 535.157,52.

A licitação foi realizada em 22 de fevereiro, contudo, seu resultado preliminar ainda não foi divulgado. Procurada pela reportagem, a assessoria do MPMS informou que “o certame ainda está aberto e por isso não há resultados”.

“Todas as informações de valores, lances e vencedores estarão, no prazo legal, constando no Portal Nacional de Contratação Pública, acessível a toda população”, complementou o órgão nesta sexta-feira (8).

Conforme o edital, enquanto o contrato para prédios da Capital prevê até 5 anos de prestação de serviço, no interior são 24 meses (2 anos). Assim, os valores vão de R$ 195 ao mês – previsão com serviços de jardinagem no edifício-sede das Promotorias de – a R$ 1.362,78 em Maracaju.

Jardins do MPMS na Capital demandam até R$ 3,2 mi

Já o detalhamento das despesas na Comarca de Campo Grande prevê mais. Isso porque a contratada terá de prestar “serviços continuados de jardinagem, compreendendo a manutenção, reforma e limpeza de áreas verdes, bem como jardins internos e externos, vasos com plantas ornamentais e áreas não urbanizadas do MP/MS, incluindo mão-de-obra, fornecimento de uniformes, EPIs, materiais e insumos e o emprego de ferramentas e equipamentos necessários e adequados à execução dos serviços”.

Dessa forma, o gasto máximo mensal em Campo Grande – onde estão a Procuradoria-Geral de Justiça, com seus 61.777,69 m²; as unidades Chácara Cachoeira (97,76 m²), Ricardo Brandão (309,92 m²) e Rua da Paz (500,53 m²); a sede do Gaeco (2.473,71 m²); e o Departamento de Material e Patrimônio (81,19 m²) – deve ser de até R$ 54.660,24. Assim, em todo o contrato, seriam exatos R$ 3.279.614,40.

No interior, as maiores estão em Terenos (1.510,08 m², R$ 314,49 ao mês), Nova Alvorada do Sul (terreno de 1.600 m², R$ 1.045,68) e Ivinhema (1.179,19 m², R$ 836,56). A unidade de Maracaju, que teria o maior gasto, tem 297,35 m².

“Como se pode observar, o Ministério Público possui vasta área verde a ser tratada e manutenida, em grande parte de suas comarcas espalhadas pelo Estado”, cita estudo técnico preliminar que integra o certame.

Empresa vai cuidar até de pomar na PGJ

O documento ainda reitera a diferença entre as propriedades do MPMS na Capital e no interior, com ênfase à sede da PGJ.

Sede da PGJ e do Gaeco mereceram atenção especial em licitação para cuidados com jardins (Reprodução)
Sede da PGJ e do Gaeco mereceram atenção especial em licitação para cuidados com jardins (Reprodução)

“Insta destacar que as necessidades de jardinagem para a comarca da capital diferente de forma significativa das demandas de jardinagem das comarcas do interior do Estado, especialmente o prédio da Procuradoria-Geral de Justiça, localizada no Parque dos Poderes, com a maior área a ser manutenida, possuindo inclusive um pomar em sua estrutura, além de de inverno, vasos de plantas internos, e demais plantas, árvores e arbustos, demandando serviços regulares (diários) e específicos (tratamento de jardinagem)”.

“De outro modo as comarcas do interior do Estado possuem áreas verdes menores demandando serviços de jardinagem mais básicos tais como aparar a grama 01 vez ao mês, podendo variar até 04 vezes ao mês, dependendo da região da comarca e do tamanho da área a ser cuidada”, prossegue.

Jardins da Capital terão manejo diário

A preocupação com a sede da PGJ, por conta de sua extensa metragem, ganha destaque no laudo preliminar. Em destaque que mostra mapa da área da sede da Procuradoria-Geral, aponta-se a necessidade “de técnicas de cultivo e manutenção de plantas, capacitação adequada, e equipe treinada para atender à toda ampla demanda e variedades de serviços a serem desenvolvidos, tais como adubação, irrigação, manejo, como poda correta e sua época, assim como renovação de plantas e como fazer mudas, sendo necessário empresa formalmente estabelecida e com estrutura para tal, uma vez que os serviços exigem conhecimento técnico específico e o tamanho da área a ser cuidada inviabiliza a prestação de serviços por pessoa física”. Aqui, espera-se uma prestação de serviço diária.

Já no interior espera-se uma prestação de serviço “simplificada”, admitindo-se contratar diretamente pessoa física. A principal atividade seria aparar a grama, quando necessário, em até quatro vezes ao mês. “Entende-se a viabilidade do trabalho a ser executado por pessoa física, uma vez que atualmente ocorre dessa forma e tem atendido a contento as comarcas do interior do Estado”.

As propostas se deram em pregão eletrônico em 22 de fevereiro, pelo site www.gov.br/compras/.

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