Empresas dos Estados Unidos podem administrar ‘Rota da Celulose’ em MS

Governador diz que concessão de rodovias deve atrair investimento de R$ 5,8 bilhões

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Rodovia BR-262 em MS (Divulgação, Dnit)

Com a gestão das rodovias federais BR-262 e BR-267 nas mãos do Estado de Mato Grosso do Sul, o governo dará continuidade ao projeto da “Rota da Celulose”. Trata-se de iniciativa para conceder 870 km de rodovias para empresas privadas, que inclui trechos da MS-040, MS-338 e MS-395.

Conforme informado pelo governador Eduardo Riedel ao Jornal Midiamax, já existem empresas dos Estados Unidos interessadas em investir no projeto. “Aquelas que nós contactamos em Nova York uns três meses atrás, as que a gente foi a São Paulo semana passada e participaram. Então assim, o mercado está olhando esse projeto”, declarou.

Sobre as expectativas para o leilão, que deve ocorrer em dezembro deste ano, Riedel diz: “O leilão é leilão, aí é tirar as dúvidas, criar competitividade para que a gente possa ir com o máximo de interessado possível para que tenha um bom resultado”.

Leilão de rodovias

Com a concessão, as rodovias devem receber investimentos de cerca de R$ 5,8 bilhões.

A concessão à iniciativa privada deve, segundo Riedel, tornar o tráfego mais seguro aos motoristas e melhorar o escoamento da produção. “Será um dos maiores projetos (rodoviários) do Brasil e com um modelo dinâmico e flexível, ou seja, se aumentar o fluxo de carros acima do previsto, poderão ter novos investimentos”, afirmou.

Agora, o próximo passo é o lançamento do edital das concessões, que deve ocorrer ainda em setembro. Já o leilão deve ocorrer em 12 de dezembro, na B3, principal Bolsa de Valores do Brasil, localizada em São Paulo.

A delegação de rodovias refere-se à transferência de responsabilidade pela gestão e manutenção das rodovias do governo federal para o governo do Estado de MS, que agora fica responsável por toda a infraestrutura dessas duas vias.

Leilão de rodovias

O bloco de rodovias que vai para leilão passa por nove cidades de Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Bataguassu, Água Clara, Três Lagoas, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina e Anaurilândia.

A concessão será de 30 anos e compreende os seguintes trechos: MS-040, de Campo Grande a Santa Rita do Pardo (226,3 km); MS-338, que liga Santa Rita do Pardo e o entroncamento com a MS-395 (60,1 km); e MS-395, de Bataguassu ao entroncamento com a MS-338 (7,7 km); além da BR-262, ligando Campo Grande a Três Lagoas (328,2 km), e BR-267, de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul (248,1 km).

Neste pacote estão previstos 114,5 km de duplicações, 457 km de acostamentos, 251 km de terceiras faixas, 12 km de via marginal e 82 dispositivos, que vão proporcionar mais segurança. Ainda terá a prestação de serviços aos usuários por meio de 50 veículos operacionais, entre ambulâncias, guinchos, combate a incêndios, desobstrução de pistas e inspeção para controle do tráfego.