Em Sidrolândia, CMEI é parcialmente interditado por Corpo de Bombeiros após denúncias de falta de infraestrutura
Prefeitura tem 30 dias para realizar reformas na unidade
Karine Alencar –
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O CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Irma Demetria Pedrosa De Almeida, foi interditada parcialmente pelo Corpo de Bombeiros de Sidrolândia, após denúncias de problemas na infraestrutura em salas de aulas.
Segundo informações da guarnição, a obstrução foi feita nesta segunda-feira (15). “A escola já estava precisando de reparos e já tínhamos recebido algumas denúncias. Com as chuvas dos últimos dias, a situação piorou e tivemos que intervir e fechar parcialmente. Algumas salas ficaram interditadas e as crianças continuam tendo aulas nas salas liberadas e área administrativa”, disse.
O Corpo de Bombeiros ressaltou, ainda, que a prefeitura tem o prazo de 30 dias para iniciar as obras. “A escola ficou liberada parcialmente e os alunos podem ficar na ala correspondente da administração e foi acordado com a diretora de secretaria de Educação que o local fechado deve ficar desocupado para reformas. Caso as obras não sejam feitas, a gente vai tomar providências cabíveis”, afirmou.
A proibição deixou moradores da cidade revoltados com a situação. “Todo mundo paga o preço da corrupção”, apontou um dos denunciantes. Isso porque o cenário se dá em meio a desdobramentos de operação que apura esquema de fraudes em licitações na cidade.
Ao Midiamax, a prefeitura justificou que houve apenas um isolamento de algumas salas que estavam com problema de infiltração. “A engenheira do setor de planejamento acompanhou isso, já pontuou as medidas que têm que ser tomadas para resolver a demanda, mas a creche continua recebendo os alunos”, disse a assessoria.
A administração assegurou que as obras devem começar o quanto antes e não haverá licitação para os serviços. “A própria equipe de manutenção da prefeitura vai adquirir os materiais e vão executar”, disse a afirmou.
Terceira fase da Operação Tromper
No dia 3 de abril, o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriu mandados na Prefeitura de Sidrolândia. Políticos e servidores são investigados por fraudes em licitações e esquema de corrupção.
Conforme apurado pelo Midiamax, a Prefeitura de Sidrolândia volta a ser um dos locais visitados pelas equipes policiais. O paço já foi alvo de mandado em outra fase da Operação Tromper.
Nesta terceira fase, o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), que é genro da prefeita de Sidrolândia Vanda Camilo (PP), foi preso preventivamente. Também está preso o ex-candidato a vereador de Sidrolândia Ueverton Macedo, o Ueverton Frescura.
A prisão do empresário Ueverton foi confirmada pelo advogado Fábio de Melo Ferraz. Outro alvo da operação é o empresário Carmo Name Junior. Carmo era servidor comissionado no gabinete da prefeita Vanda Camilo até 2023.
Em 2022, ele chegou a viajar para o Chile em comitiva com a prefeita e também o genro dela, Claudinho Serra.
Mandados
Em Sidrolândia, foi cumprido mandado na empresa Do Carmo. Essa empresa já teve contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, que encerraram em fevereiro. Os contratos somam aproximadamente R$ 14 mil e são relativos à aquisição de prêmios para sorteio e para jogos escolares.
Além disso, a casa do ex-secretário de Obras de Sidrolândia, Carlos Alessandro da Silva, o Lê, também seria local de cumprimento de mandado, bem como a casa do subsecretário de Educação, Rafael Rodrigues.
Carlos Alessandro já foi alvo da Operação Tromper enquanto secretário e foi exonerado em agosto de 2023. Milton Paiva, outro réu no âmbito da Tromper, também estaria entre os investigados nesta fase.
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