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Transparência

Empreiteiro com R$ 50 milhões em contratos com a Agesul paga fiança de R$ 1,5 mil e é solto após Operação Tromper

Ação prendeu o vereador Claudinho Serra por chefiar esquema de corrupção
Renata Portela -
Equipes cumprem mandados na Operação Tromper (Mirian Machado, Midiamax)

Na quarta-feira (4), após a terceira fase da Operação Tromper, o empresário Edmilson Rosa foi liberado mediante pagamento de fiança. Ele foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão e acabou detido em flagrante por posse irregular de uma arma de fogo, em Campo Grande.

Conforme o advogado de Edmilson, Félix Jayme Nunes da Cunha, foi arbitrada fiança de R$ 1,5 mil, paga pelo empresário. Edmilson foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol após o flagrante.

Edmilson é dono da AR Pavimentação e Sinalização Ltda (CNPJ 28.660.716/0001-34), que acumula contratos milionários também com o Governo do Estado.

Contratos

Em , a AR firmou em 2022 um contrato para recomposição de revestimento primário em estradas vicinais. A obra foi feita com um investimento total de R$ 7.554.096,83, sendo o contrato vencido em fevereiro de 2023.

No Portal da Transparência do Governo do Estado constam vários contratos entre a AR Pavimentação e a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). Ao todo, são R$ 50.737.379,10 em contratos.

As obras são tanto em Campo Grande quanto em cidades do interior, como e São Gabriel do Oeste. O advogado de Edmilson confirmou que uma licitação do empresário é alvo de investigação.

Terceira fase da operação Tromper

Nesta quarta-feira o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpriu mandados na Prefeitura de Sidrolândia. Políticos e servidores são investigados por fraudes em licitações e esquema de corrupção.

Conforme apurado pelo Midiamax, a Prefeitura de Sidrolândia volta a ser um dos locais visitados pelas equipes policiais. O paço já foi alvo de mandado em outra fase da Operação Tromper.

Nesta terceira fase, o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), que é genro da prefeita de Sidrolândia Vanda Camilo (PP), foi preso preventivamente, apontado como chefe do esquema criminoso. Também está preso o ex-candidato a vereador de Sidrolândia Ueverton Macedo, o Ueverton Frescura.

A prisão do empresário Ueverton foi confirmada pelo advogado Fábio de Melo Ferraz. Outro alvo da operação é o empresário Carmo Name Junior. Carmo era servidor comissionado no gabinete da prefeita Vanda Camilo até 2023.

Em 2022, ele chegou a viajar para o Chile em comitiva com a prefeita e também o genro dela, Claudinho Serra.

Na operação, foram presos preventivamente Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho (Claudinho Serra); Carmo Name Júnior; Ueverton da Silva Macedo; Milton Matheus Paiva Matos; Ana Cláudia Alves Flores; Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa e Thiago Rodrigues Alves.

Também há mandado de prisão contra Ricardo José Rocamora Alves, que está foragido desde a primeira fase da operação. A princípio, ele não foi encontrado.

Mandados

Em Sidrolândia, ainda foi cumprido mandado na empresa Do Carmo. Essa empresa já teve contratos com a Prefeitura de Sidrolândia em valores que acabaram desviados pelo grupo criminoso.

Além disso, a casa do ex-secretário de Obras de Sidrolândia, Carlos Alessandro da Silva, o Lê, também seria local de cumprimento de mandado, bem como a casa do subsecretário de Educação, Rafael Rodrigues.

Carlos Alessandro já foi alvo da Operação Tromper enquanto secretário e foi exonerado em agosto de 2023. Milton Paiva, outro réu no âmbito da Tromper, também estaria entre os investigados nesta fase.

Terceira fase da Tromper

A terceira fase da Operação Tromper cumpriu 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão. Com as primeiras fases, a investigação identificou a organização criminosa voltada para fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia.

Também foi constatado pagamento de propina a agentes públicos municipais. A princípio, há uma nova ramificação da organização criminosa, ligada ao ramo de engenharia e pavimentação asfáltica.

Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 15 milhões. A operação conta com o apoio operacional do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar.

“Tromper”, verbo que dá nome à operação, significa enganar em francês.

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