Desmatamento de reserva ambiental em fazenda no Pantanal vira alvo de investigação do MPMS

Desmatamento de reserva foi de 14,82 hectares

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Parte de área desmatada em fazenda. (Divulgação/Ibama)

A 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Corumbá instaurou inquérito civil nesta quinta-feira (20) para investigar desmatamento de mata atlântica em uma fazenda no município, que fica distante a 427 quilômetros de Campo Grande.

Conforme detalhado na peça, o procedimento mira apurar a regularidade jurídico-ambiental da supressão de 14,82 hectares em área de reserva legal, integrante do Bioma Pantanal, ocorrida entre julho/2023 e outubro/2023.

Denúncia feita ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta que a degradação teria ocorrido sem autorização da autoridade ambiental competente, nos autos de Infração do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Diante das notificações, o atual proprietário da fazenda alegou em documento protocolado na denúncia do Ministério Público, ter comprado a área em dezembro de 2022 e, desde então, tentou fazer a regeneração de toda a pastagem nativa e, assim, continuou fazendo a limpeza na propriedade.

“Como a limpeza de pastagem é uma atividade isenta, não foi necessária emissão de nova licença. De acordo com a resolução ambiental da Semad 09/2015”, disse ele.

O documento sustenta que as fotos mostram que a região desmatada obedece à licença adquirida pelo antigo dono da fazenda. As declarações são de novembro de 2023. Já as licenças do antigo proprietário a que o atual dono se refere, são de 2021, com validade de cinco anos.  

*Matéria atualizada ás 15h59 para acréscimo de informações

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