Delatora de corrupção chefiada por ex-vereador do PSDB já devolveu R$ 7 mil de dinheiro ilícito
Pagamentos são parte de acordo com a Justiça para delação premiada
Gabriel Maymone –
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Delatora de esquema de corrupção chefiado pelo ex-vereador do PSDB em Amambai, Valter Brito da Silva, a empresária Joice Mara Estigarribia da Silva apresentou à Justiça o comprovante do pagamento de mais uma parcela de acordo sobre delação premiada.
Dessa forma, a delatora já pagou a título de restituição de valores ilícitos recebidos no esquema o total de R$ 7 mil. São 10 parcelas no valor de R$ 1 mil que ela tem que pagar, conforme firmado no acordo de delação premiada.
Então, a defesa da empresária pontuou à Justiça que “objetivando cumprir categoricamente o acordo de colaboração premiada, requer a juntada do boleto e comprovante de pagamento que seguem anexos”.
A delatora está morando, atualmente, em Itajaí. Recentemente, conseguiu anular um mandado de prisão que havia contra ela após o ‘vai e vem’ da ação decorrente da Operação Laços Ocultos.
Joice é sócia de empresa que apresenta elementos que evidenciam fraude ao caráter competitivo do processo licitatório, bem como foi assessora parlamentar na Câmara Municipal de Amambai/MS.
Prisões
Decisões recentes da Justiça colocaram dois investigados de novo atrás das grades, são eles: Júlio Arantes Varoni (empreiteiro) – preso dia 5 de agosto -, Jucelia Barros Rodrigues (servidora municipal) – presa dia 1º de agosto.
Por outro lado, o ex-vereador, que também é empresário e ex-vice-prefeito, Valter Brito, segue em prisão domiciliar. Já sua sobrinha, sócia em uma empresa implicada na operação, Letícia de Carvalho Teoli Vitorasso, está em liberdade provisória, com monitoramento eletrônico da tornozeleira. Também réu por envolvimento no esquema, o genro de Valter, Jonathan Fraga de Lima, cumpre medidas cautelares.
Ex-vereador comandava esquema de fraudes em licitações em Amambai
As investigações contra o então vereador Valter Brito da Silva (PSDB), de Amambai, indicam que o parlamentar recebeu mais de R$ 5 milhões em propina de empresários. Portanto, a acusação é de que Valter comandava um esquema de corrupção e fraudes em licitações.
Os promotores do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), Adriano Lobo Viana de Resende e Humberto Lapa Ferri, ofereceram a denúncia em 1º de dezembro de 2023. A promotora Nara Mendes dos Santos Fernandes também participou do oferecimento.
Logo após, no dia 6, o juiz Daniel Raymundo da Matta, da Vara Criminal de Amambai, recebeu a denúncia e tornou os 17 investigados réus.
As investigações apontam o ex-vereador e também ex-vice-prefeito, Valter Brito, como comandante da organização criminosa. Assim, o grupo teria desviado dinheiro público através da criação das empresas fictícias.
Ao todo, 13 empresas são relacionadas a Valter, sendo que todas estão em nome de familiares e pessoas próximas ao parlamentar. Um dos exemplos é a C&C Construtora, que tem como sócio Francisco Maciel da Cruz.
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