Conselheiras tutelares de Campo Grande são investigadas por expor crianças em rede social
Promotoria também apura atividades político-partidárias dentro da sede do Conselho Tutelar
Dândara Genelhú –
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Denúncia aponta a exposição de crianças atendidas por conselheiras tutelares da região norte de Campo Grande. Fotos e vídeos de atendimentos seriam compartilhados nas redes sociais pessoais das conselheiras. Além disso, a notícia de fato eleitoral também investiga suposta prática de campanha partidária dentro da sede do Conselho Tutelar.
Conforme a denúncia, há exposição de crianças e adolescentes nos perfis pessoais das conselheiras e psicóloga da unidade. “Todos os dias os atendimentos são expostos em vídeos, fotos, áudios nas redes sociais”, apontou o denunciante.
Então, apontou que as conselheiras “estão dolosamente expondo pessoas em situação de vulnerabilidade social extrema”. Na denúncia foram anexados prints das redes sociais da conselheira Maria Carolina Marquez Zamboni, que postou vídeo em atendimento à comunidade em Campo Grande.
Na publicação, Maria marcou a conselheira Suellen Gomes e a psicóloga Karol Novaes. Além disso, aponta conteúdo sobre armas de fogo e contra aborto permitido em casos de violência sexual no perfil de uma das conselheiras.
“Infelizmente a mesma enfatiza tais convicções político-partidárias a todo momento, inclusive, com visita de candidatos a vereadores em 2024 na sede do Conselho Tutelar Norte”, aponta a denúncia.
Após denunciante procurar o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), este designou a Promotoria da 53ª Zona Eleitoral de Campo Grande para apurações. O MPMS instaurou notícia de fato eleitoral na última segunda-feira (16).
O Jornal Midiamax acionou o CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) sobre a denúncia. Não houve retorno até a publicação desta matéria. À reportagem, a Prefeitura de Campo Grande esclareceu que é responsável pela parte estrutural e administrativa dos Conselhos Tutelares.
Resposta das conselheiras
A reportagem acionou as conselheiras e psicóloga apontadas na denúncia pública protocolada no MPMS. Até a publicação desta matéria, apenas Maria Carolina respondeu. No entanto, preferiu não se pronunciar. “Primeiro vou ter acesso à denúncia para me inteirar, não estava sabendo”, disse ao Jornal Midiamax.
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