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Transparência

Caminhonete comprada por prefeito de Ivinhema é apreendida em operação da PF

Prefeito do município informou que o veículo já havia sido vendido
Dândara Genelhú -
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Carros da PF durante operação. (Reprodução, PF)

Nesta terça-feira (15), a PF (Polícia Federal) apreendeu uma caminhonete durante desdobramento da Operação Lepidosiren em Ivinhema, a 292 quilômetros de . O veículo foi comprado pelo do município, Juliano Ferro ().

A venda da Silveirado ao prefeito do PSDB foi citada em depoimento de investigado na operação da PF. Conforme o depoimento, Ferro teria dado cheque de R$ 380 mil pelo veículo.

Contudo, Ferro informou ao Jornal Midiamax em 2 de outubro que já havia vendido o veículo. Nesta terça-feira (15), o prefeito relembrou a venda da Silveirado e disse que já não estava em posse do carro. “Já vendi o veículo e foram buscar, mas não estava comigo. Foram apreendidos bens do senhor que está preso”, informou.

Operação

Em nota, a PF afirmou que a investigação desta terça-feira (15) aponta a existência de “associação criminosa responsável pela organização, logística e financiamento do tráfico transnacional de entorpecentes”.

Assim, cumpriu três mandados de busca e apreensão e outro de prisão preventiva. Entre os bens apreendidos estão um imóvel no valor de R$ 458 mil e uma caminhonete avaliada em R$ 519 mil.

Além disso, houve R$ 100 milhões em bens, pertencentes aos envolvidos. “Diante dos fatos, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico transnacional de entorpecentes e financiamento ao tráfico”, pontou a PF em nota.

A defesa do prefeito Juliano Ferro também emitiu nota sobre o assunto, esclarecendo que não houve mandado direcionado ao gestor municipal. “Não houve nenhuma busca e apreensão em sua residência ou o cumprimento de qualquer mandado judicial contra sua pessoa na data de hoje. Ademais, desconhece qualquer medida judicial adotada contra sua pessoa em âmbito de qualquer investigação policial”.

‘Bens ocultos’

Após o depoimento que citou a compra feita por Juliano Ferro, o prefeito é investigado por ocultação de bens. Portaria assinada pelo delegado Marcelo Guimarães Mascarenhas, instaurou inquérito de investigação para apurar supostas omissões de bens do candidato.

Assim, o inquérito aponta que o tucano teria posse de dois carros avaliados em R$ 800 mil e não declarados à Justiça Eleitoral no registro de candidatura para o pleito de 2024.

O delegado afirma que existem elementos plausíveis de “posse, propriedade e disponibilidade” dos veículos Silveirado e Dodge Ram “tudo em ao menos no corrente ano até a data de 19/08/2024, portanto de em data anterior e também posterior a sua declaração eleitoral de bens”.

Contudo, na declaração de bens à Justiça Eleitoral, o candidato à reeleição listou apenas três veículos. Sendo um Gol de R$ 26 mil, um Uno Mile de R$ 20 mil e uma caminhonete F1000 de R$ 50 mil.

Ao Jornal Midiamax, o prefeito afirmou estar ciente da investigação e pontuou que já prestou declarações à Polícia Federal. “Eu não coloquei a Dodge Ram na minha declaração de bens, porque eu já tinha vendido, eu mexo com a compra e venda de carro há 20 anos. E não coloquei a Silveirado que foi compro da pessoa investigada, porque ela não tem documento liberado, ele falou que ia liberar o documento em dezembro e eu ia pagar ela em janeiro, entendeu? Já dei minha declaração, meu depoimento para Polícia Federal”, disse.

Operação Lepidosiren

A Polícia Federal deflagrou a Operação Lepidosiren em agosto deste ano. Assim, prendeu três suspeitos em Ivinhema e Angélica – municípios a 291 e 323 quilômetros da Capital, respectivamente. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão, prisão temporária, quebra de sigilo bancário e de bens. A Justiça Federal de , a 315 quilômetros de Campo Grande, expediu os pedidos.

A operação tem como objetivo combater associação criminosa envolvida no tráfico transnacional de drogas. No total, a ofensiva cumpriu oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária nos dois municípios. A Justiça Federal determinou, ainda, o sequestro de pouco mais de R$ 33 milhões do grupo criminoso.

A investigação começou após um flagrante em 8 de julho de 2021 em Ponta Porã. Na ocasião, o trabalho investigativo revelou o grupo criminoso, que seria responsável pela logística e tráfico de drogas. Os policiais apreenderam 3,4 toneladas de maconha na ocorrência.

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