Tiago Vargas bate-boca com representantes da Cultura, mas tem irmã nomeada na secretaria

Servidora comissionada desde 2021 tem salário de R$ 9 mil

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Vereador Tiago Vargas. (Izaias Medeiros/CMCG)

O vereador Tiago Vargas (PSD) teve um embate com representantes da Cultura de Campo Grande nesta quinta-feira (14), que terminou com a paralisação da sessão ordinária na Câmara Municipal por meia hora. A irmã do parlamentar ocupa cadeira na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Conforme apurado pelo Midiamax, a servidora comissionada tem cargo de assessora-executiva II, com admissão em 4 de março de 2021. Em outubro, a remuneração da irmã de Tiago cm descontos e outros pagamentos foi de R$ 9 .945,13.

A remuneração oficial da servidora é de R$ 9 .567,09, ultrapassando os R$ 6 mil com os descontos.

Ao Midiamax, o vereador disse que a irmã tem mesmo um cargo na secretaria. “Faz muito tempo que ela está nomeada. Está trabalhando, Graças a Deus e vai continuar trabalhando em nome do Senhor Jesus Cristo, pois ela corre atrás do sustento dela. Fala para esses esquerdistas da Cultura que tem um monte de vaga na Funsat e na Funtrab”.

Mandou representantes procurarem emprego

Durante a sessão, o vereador Tiago Vargas se pronunciou e, com uma carteira de trabalho nas mãos, disse aos manifestantes que buscassem emprego na Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande). 

Neste momento houve alteração e bate-boca. O presidente da Casa, vereador Carlão (PSB), pediu calma e a sessão continuou.

Então, o vereador Paulo Lands (Patriota) também defendeu a Prefeitura. Neste momento, Tiago Vargas teria novamente provocado os manifestantes, fazendo gestos e mandando beijos.

Houve confusão novamente e a sessão foi paralisada por 30 minutos. 

Manifestação

A presidente do Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro, Romilda Neto Pizani, presente no local, explicou que a manifestação busca maiores investimentos para o setor cultural, defasado há dois anos.

O grupo se concentrou na frente da Casa de Leis e entraram na sessão com cartazes.

“São dois anos de defasagem em relação aos editais. Foi nos apresentado uma proposta para 2024, a publicação de um edital de 4 milhões e esse valor não nos atende”, disse Pizani.

“Estamos vindo aqui na Câmara dos vereadores para pedir o apoio. Não dá para viver sem arte. É inadmissível que a prefeitura trate a cultura com tanto desrespeito”, finalizou a presidente.

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