Riedel exonera Edio Castro, Flávio Britto, servidoras presas e citada na Operação Turn Off
Flávio Britto é investigado e Edio Castro foi preso durante operação nesta quarta-feira
Renata Portela, Evelin Cáceres –
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O governador Eduardo Riedel (PSDB) exonerou o secretário-adjunto de Educação, Edio Antonio Resende de Castro, e o secretário-adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Britto Neto. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (30).
Edio e Flávio recebiam, pelo CCA-00, quantia correspondente a um salário bruto de R$ 33,6 mil. Ambos foram exonerados com efeitos a partir desta quinta-feira.
Flávio é investigado na Operação Turn Off, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em apoio às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, que cumpriu 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão na quarta-feira.
Edio está preso. As servidoras Simone de Oliveira Ramires Castro, pregoeira da SAD-MS (Secretaria de Estado de Administração), e Andreia Cristina Souza Lima, servidora que estaria direcionando compra superfaturada de ar-condicionado com Edio Castro, também foram exoneradas.
Simone recebia, pelo CCA-06, valor correspondente a R$ 14,8 mil. Já Andreia recebia pelo CCA-07, correspondente a R$ 11,7 mil.
Também foi exonerada Márcia Barbosa Borges, citada na Operação Turn Off. Ela teria sido orientada por Thiago Mishima a falar com o empresário Sérgio Duarte Coutinho para orientá-lo em uma fraude em licitação, segundo informações obtidas pelo Jornal Midiamax. Márcia recebia pelo CCA-10, correspondente a R$ 7,2 mil.
A exoneração delas é assinada por Pedro Arlei Caravina, secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica.
Fraudes ultrapassam R$ 68 milhões em contratos públicos
Ao todo, foram 8 mandados de prisão preventiva cumpridos, sendo 7 no período da manhã e o último, de Lucas Coutinho, já no período da tarde. Além dos irmãos, o primo Victor Leite de Andrade, o servidor público Thiago Haruo Mishima e Paulo Henrique Muleta Andrade (da Apae), também foram presos.
O adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Britto Neto, foi alvo de busca e apreensão.
O advogado de Sérgio Coutinho, Marcos Barbosa, disse ao Midiamax que ainda não teve acesso ao teor das investigações e que, no momento, não vai se manifestar.
Ainda na quarta-feira, o Midiamax conversou com o advogado de Simone, Alexandre Franzoloso. Ele também não tinha informação sobre o motivo da prisão.
A reportagem tenta contato com a defesa dos outros acusados e o espaço segue aberto para manifestação.
Conforme divulgado em nota, a operação realizada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), em apoio às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, cumpriu 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão.
As cidades onde foram cumpridos os mandados foram Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho. Foi identificada pela investigação a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações e contratos públicos e lavagem de dinheiro.
Ainda segundo a investigação, o grupo criminoso fraudava licitações públicas para compra de aparelhos de ar-condicionado para a SED, também a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela SES.
Também foi fraudada licitação para aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Apae de Campo Grande, além de outros. Os crimes foram cometidos com pagamento de propina a vários agentes públicos. Os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam R$ 68 milhões.
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