A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) publicou extrato de paralisação dos projetos de infraestrutura com a empresa Schettini Engenharia, responsável por projetar corredor de ônibus na Rui Barbosa. Os estudos eram para trabalhos nos bairros Bosque das Araras, Jardim Santa Emília e Residenciais Aquarius I e II.

A decisão foi publicada no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) desta sexta-feira (10). Os estudos previam implantação asfáltica, sistema de drenagem de águas pluviais, acessibilidade e sinalização viária.

A paralisação do contrato 414/2022 tem efeito retroativo e passa a valer a contar de 01/06/2023. Quem assina o documento é o ex-titular da pasta, Domingos Sahib Neto e Ricardo Schettini Figueiredo.

Segundo informações da Sisep, a interferência se dá para que “seja feita uma readequação no projeto com relação e metas físicas, de serviços a serem executados”, disse ao Midiamax.

Em agosto desse ano, a Schettini Engenharia Ltda (CNPJ 37.534.039/0001-07) foi proibida de contratar com o poder público por 6 anos, por improbidade administrativa. A empresa foi responsável pelo projeto do corredor de ônibus da Rui Barbosa, em Campo Grande.

Corredor de ônibus

O corredor exclusivo de ônibus da Rua Rui Barbosa começou a funcionar em 20 de dezembro de 2022. São 152 ônibus de 44 diferentes linhas que passaram a circular pelos 3,8 km que iniciam no Terminal Morenão e terminam na Avenida Mato Grosso. As obras tiveram início em 2021 e a entrega foi adiada algumas vezes.

Nos dias úteis, a faixa exclusiva para o transporte coletivo deve receber 986 viagens, com expectativa de redução no tempo de percurso dos ônibus e de espera dos usuários.

A previsão foi feita pelos técnicos da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), diante da perspectiva que os ônibus não irão competir por espaço com outros veículos e ganharão velocidade.

Desde as obras, o corredor de ônibus da Rua Rui Barbosa, gerou críticas de motoristas, passageiros, pedestres e comerciantes. Seja pelos ‘pontões’ espalhados pela via ou pelo ‘estrangulamento’ do trânsito em uma rua estreita.

Dias após a inauguração, leitor do Jornal Midiamax registrou um fato: nem o próprio ônibus circulava no corredor de ônibus. Vale lembrar que a obra já custou mais de R$ 18,9 milhões dos cofres públicos.

Com as mudanças no trânsito impostas pela implantação dos corredores, os ônibus transitam à esquerda, que teve uma faixa exclusiva destinada para os coletivos. A ideia é que, com a faixa livre, o tempo de viagem dos ônibus diminua.