A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), sancionou nesta manhã de sexta-feira (10) o Projeto de Lei 10.885/2023, que autoriza o município a permutar espaço público com a área da comunidade da Homex. A informação consta no Diogrande de hoje.

Segundo o documento, a prefeitura autorizou à HMX3 Participações (Massa Falida Homex Brasil) uma área de 65,4 mil m² no Riviera Park para incorporar ao município os 28 lotes da comunidade da Homex.

A Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) está cadastrando as famílias que moram na comunidade. A matéria foi aprovada em regime de urgência pela Câmara Municipal na terça-feira (7).

Regularização da Homex

Na sexta-feira (3), a prefeitura anunciou que vai regularizar a situação das 1.500 famílias que vivem na comunidade da Homex. A previsão é de que em 15 dias o município abra licitação para contratar empresa que fará o georreferenciamento do local.

Para regularizar a situação das cerca de sete mil pessoas que vivem no local, a prefeitura fechou acordo com a empresa mexicana Homex, dona do terreno onde a favela se formou.

Em 2013, a construtora abandonou o empreendimento iniciado em 2011, desde então, pedia R$ 20 milhões para vender o espaço ao município, valor que travava o avanço de uma definição sobre o lote. Agora, após rodada de negociações, a empresa aceitou ceder o terreno em troca de outra área no Riviera Park.

Condomínio nunca foi concluído

Em 2013, a empresa mexicana abandonou a obra de construção das moradias que começou a ser erguida em 2011. Na época, a Homex informou que estava passando por dificuldades financeiras. O empreendimento contava com dez blocos residenciais, no entanto, apenas seis foram entregues. Com a falência da construtora, o restante da documentação não foi concluído, deixando muitas famílias no prejuízo.

Antes composto basicamente pelo mato e por ruínas das inacabadas obras da Homex, o cenário foi tomado por pedaços de madeiras, telhas e lonas usadas no alicerce dos barracos que, ao longo dos últimos quatro anos, se modernizam e crescem com construções avançadas no local.

O perfil da maioria que mora ali é quase o mesmo: pessoas que viviam de aluguel e enfrentavam sérias dificuldades para conseguir se manter convivendo com duras condições de miséria.