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Transparência

João Baird e Antonio Cortez viram réus por enviar R$ 1,7 milhão ao exterior sem declarar

Empresários teriam enviado quase R$ 2 milhões para o Paraguai
Adriel Mattos -
João Baird
Baird chegou a ser preso pela PF na sexta fase da Lama Asfáltica. (Foto: Arquivo, Jornal Midiamax, Cleber Gellio)

Os empresários João Roberto Baird e Antonio Celso Cortez se tornaram réus em uma nova ação oriunda da Operação Lama Asfáltica, da PF (). Ambos são acusados por evasão de divisas.

Pela denúncia do MPF (Ministério Público Federal), Baird e Cortez remeteram R$ 1,7 milhão entre junho e setembro de 2017 para o Paraguai. Além disso, o pecuarista Romilton Rodrigues de Oliveira, que seria “testa de ferro” de Baird, mantinha R$ 721 mil não declarados.

Cortez tentou barrar a ação alegando insanidade mental, mas o pedido foi negado. Assim, a juíza federal substituta Júlia Cavalcante Silva Barbosa recebeu a denúncia e deu dez dias para Baird, Cortez e Romilton apresentarem defesa.

Operação Lama Asfáltica

A Polícia Federal deflagrou em 2015 a Operação Lama Asfáltica, após identificar uma “organização criminosa, composta por políticos, funcionários públicos e administradores de empresas contratadas pela Administração Pública”. O esquema funcionou entre os anos de 2007 a 2014 na Secretaria de Estado de Obras Públicas e de Transportes.

Conforme a denúncia, foram encontrados indícios de fraude na contratação e execução de obras de saneamento em e de esgotamento sanitário em , bem como de rodovias estaduais e federais. A investigação ainda identificou contratos fictícios de locação de máquinas.

A primeira fase foi deflagrada em julho de 2015. A segunda etapa, intitulada “Fazendas de Lama”, foi em maio de 2016, tendo como foco a aquisição de propriedades rurais por meio de desvios de recursos públicos de contratos de obras, fraudes em licitações e recebimento de propinas.

Em julho de 2016, a terceira fase, “Aviões de Lama”, apontou alienação de aeronave no valor de R$ 2 milhões, situação na qual o grupo se desfez do transporte para realizar divisão do produto da venda em valores menores.

A quarta fase foi chamada de Máquinas de Lama e foi deflagrada em maio de 2017 para desbaratar organização criminosa acusada de fraudes em licitações e obras públicas, corrupção de servidores e lavagem de dinheiro.

Em novembro de 2017, a Operação Papiros de Lama, como quinta fase da Lama Asfáltica, mirou os processos elaborados de ocultação da origem dos recursos desviados.

Na sexta fase, a “Computadores de Lama”, em novembro de 2018, teve como alvo empresários do ramo da informática. João Baird e Antonio Cortez foram presos.

A última fase, a “Motor de Lama”, em novembro de 2020, teve como foco as contratações realizadas pelo Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) e possíveis crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Em dezembro de 2021, o (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) reconheceu a suspeição do juiz federal Bruno Cezar da Cunha Teixeira em ações da Lama Asfáltica. 

A decisão de afastamento do foi julgada pela 5ª Turma da corte, que apontou possível parcialidade de Teixeira nos julgamentos, alegando que o magistrado estava favorecendo a parte autora da acusação.

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