O ex-major da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) Sergio Roberto de Carvalho, conhecido como ‘Escobar brasileiro’ pelas condenações por tráfico internacional de drogas, teve a pensão militar cassada por decisão judicial. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (24).

Carvalho voltou a receber o valor em novembro de 2022 pela Ageprev (Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul). Em setembro, último mês registrado no Portal da Transparência, o ex-major recebeu R$ 13.503,78 em valores brutos.

Carvalho chegou a ser preso na Europa, mas usava o nome de Paul Wouter. Com nova identidade, foi posto em liberdade e, depois, a defesa apresentou certidão de óbito por covid-19. O corpo teria sido cremado e, portanto, sem condições de análise de DNA dos restos mortais para confirmar a identidade.

Com versões contraditórias, o governo do Estado pediu prova de vida do ex-major para continuar pagando a pensão militar. Sem resposta, ele teve o benefício suspenso em 2021. Carvalho, no entanto, estava foragido. Não se sabia qual era seu paradeiro até a prisão na Hungria, em junho de 2022.

Major Carvalho foi preso pela primeira vez em 1997, quando já estava no quadro da reserva dos oficiais da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). Ele foi militar por 16 anos e é considerado um dos mais poderosos e influentes traficantes da América do Sul.

O ex-major só foi expulso da PM 22 anos após ser preso por tráfico de cocaína pela primeira vez. A demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 7 de março de 2018.

O decreto assinado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) informava que o major perdeu o cargo por consequência do trânsito em julgado de sentença judicial que determinou a expulsão.