Mais de 1,5 milhão de sul-mato-grossenses foram às urnas neste domingo (2) para escolher o novo governador do Estado. A disputa será definida em segundo turno entre Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB). Levando em conta a quantidade de votos e o quanto cada candidato declarou de despesas de campanha à Justiça Eleitoral até agora, o Jornal Midiamax apurou o valor monetário de cada voto conquistado pelos candidatos.
Entre os oito candidatos ao Governo do Estado, Adoni Marcos (Federação Psol-Rede) teve o custo por voto mais alto de Mato Grosso do Sul. O candidato declarou R$ 176.148 mil em gastos contratados para a campanha e com 3.251 votos obtidos, cada voto custou R$ 54,18.
Na sequência do ranking dos votos mais caros está Marquinhos Trad (PSD), ex-prefeito que deixou o comando de Campo Grande para tentar a disputa ao Governo. Com R$ 5.421.225,96 de despesas declaradas, o candidato teve custo por voto de R$ 43,44 por ter obtido 124.795 mil votos.
Rose Modesto (União) é a terceira em voto mais caro. Com despesas declaradas de R$ 4.837.243,44, a candidata conquistou 178.599 votos e o custo por voto ficou em R$ 27,08.
Contrariando a maioria das pesquisas que o apontavam como candidato certo no segundo turno, André Puccinelli (MDB) ficou fora da disputa e cada voto dele custou R$ 23,92. O emedebista declarou à Justiça eleitoral gastos de R$ 5.910.723,04 e teve um total de 247.093 mil votos.
Eduardo Riedel, candidato do PSDB que disputará o segundo turno é o quinto colocado na lista dos votos mais caros. Com despesas declaradas de R$6.222.673,62 ele obteve um total de 361.981 mil votos e cada um deles custou R$ 17,19.
Candidata do PT, Giselle Marques obteve 135.556 mil votos e declarou gastos de R$ 2.068.136,08. Com isso, a petista ficou em penúltimo na lista com o custo de voto em R$ 15,25.
Por fim, o candidato com o voto “mais barato” entre os postulantes ao Governo do Estado é Capitão Contar (PRTB), que disputa o segundo turno. Com despesas declaradas à Justiça Eleitoral no valor de R$ 498.981,57, Contar teve 384.275 mil votos, cada um deles custou R$ 1,29.
Dos oito candidatos ao Governo, apenas Magno Souza (PCO) declarou não ter tido nenhum gasto de campanha, apesar de ter recebido R$ 3 mil em recursos do partido. O candidato de Dourados obteve 2.892 mil votos e sua candidatura ainda está sub júdice, ou seja, depende de decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para ser considerada válida.
Ranking do custo de voto dos candidatos ao Governo de MS
| Candidato | Votos | Gasto de campanha | Custo por voto |
| Adonis Marcos | 3.251 | R$ 176.148,00 | R$ 54,18 |
| Marquinhos Trad | 124.795 | R$ 5.421.225,96 | R$ 43,44 |
| Rose Modesto | 178.599 | R$ 4.837.243,44 | R$ 27,08 |
| André Puccinelli | 247.093 | R$ 5.910.723,04 | R$ 23,92 |
| Eduardo Riedel | 361.981 | R$ 6.222.673,62 | R$ 17,19 |
| Giselle Marques | 135.556 | R$ 2.068.136,08 | R$ 15,25 |
| Capitão Contar | 384.275 | R$ 498.981,57 | R$ 1,29 |
| Magno Souza | 2.892 | não declarou gastos | – |
Gastos de campanha declarados à Justiça Eleitoral
Para consultar o gasto detalhado de cada candidato durante a campanha, o eleitor pode acessar o DivulgaCand. Nele é possível checar quando o candidato recebeu de doações partidárias e de pessoas físicas. O portal também detalha as despesas, destacando o teto de gasto dos candidatos e o quanto cada um declarou ter contratado em despesas.
Para este levantamento o Jornal Midiamax levou em conta o total de despesas contratadas. O valor já pago pela candidatura também consta no relatório da Justiça Eleitoral, mas os candidatos têm prazo até novembro para declarar as despesas de contratos firmados e ainda não pagos. A declaração final para a prestação de contas é 19 de novembro.
Para consultar detalhes do desempenho de cada candidato na urna, você pode acessar o sistema de resultados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
