Candidato a vice-prefeito de pelo DEM, o empresário Mauro Christianini é uma dos políticos mais ricos do Brasil. A fortuna, declarada no (Tribunal Regional Eleitoral de MS) em R$ 81,6 milhões, supera até mesmo a de seu padrinho político, o governador Reinaldo Azambuja ().

Esta é a estreia de Maurão – como também é conhecido – na disputa a um cargo eletivo. O candidato se lançou como vice do tucano Marcos Calderan na coligação “+ Desenvolvimento + Emprego + Futuro”, que reúne os partidos Progressista (PP), Democratas (DEM), , Podemos e PSL.

Estimado em R$ 1,98 milhão, comércio de Maurão em Maracaju, a Boa Vista Comércio de Produtos Agropecuários LTDA responde por apenas 2,2% de seu patrimônio, declarado em exatos R$ 81.643.034,43. Para comparar com seu cabeça de chapa, Marcos Calderan afirmou possuir “apenas” R$ 3.287.372,25 em bens.

Não para por aí: a declaração de Maurão tem R$ 2,33 milhões referentes a quotas de capital da Empresa Agropecuária Jatobá LTDA; R$ 4 milhões em um lote de 4,2 mil m² fracionado em dez partes no Centro de Maracaju; R$ 8 milhões referente a cerca de 2496 hectares na Fazenda Serrinha (Ponta Porã); R$ 14,4 milhões referentes a 2371,2 hectares da Fazenda Paranavaí (Nioaque); e cerca de R$ 15 milhões em maquinários e implementos agrícolas, dentre outros.

Não é possível saber qual a colocação de Maurão no ranking dos políticos mais ricos, mas, recorrendo às listas de parlamentares com maior fortuna no Congresso Nacional e dados avulsos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), vê-se que o candidato ocupa posição privilegiada.

O senador tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE), considerado o mais rico detentor de cargo eletivo do país, teve patrimônio declarado em R$ R$ 389.019.698,60 em 2014, quando foi eleito ao mandato de oito anos. Também senador, Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) declarou R$ 239.709.825,12 ao TRE paranaense. O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), declarou em 2018 R$ 189.859.904,76 em bens. Senador eleito em 2018 e correligionário de Maurão, Jayme Campo declarou fortuna de R$ 35.284.444,05 à Justiça Eleitoral.

Em Mato Grosso do Sul, o ex-senador Pedro Chaves (PRB) é considerado o político mais rico de MS: em 2018, antes de desistir reeleição ao Senado, ele havia declarado R$ 130.494.560,75, contra os R$ 38.698.697,47 declarados pelo governador Reinaldo Azambuja em 2018, quando foi reeleito ao cargo.

No mesmo ano, o senador Nelsinho Trad (PSD) declarou à Justiça Eleitoral R$ 3.225.570,89. Candidato à prefeito de Campo Grande nesta corrida eleitoral, Marcelo Migliori (Solidariedade) declarou R$ 5.358.687,67. Sérgio Harfouche (Avante), também na disputa pela Prefeitura da Capital, declarou R$ 4.902.171,80.