A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, rejeitou a denúncia criminal contra Rodrigo de Souza e Silva, filho do governador (PSDB). Segundo as investigações do (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), ele é suspeito de participação em um roubo de propina que deu errado e de encomendar uma execução.

À polícia, os envolvidos que foram presos citaram Rodrigo de Souza e Silva como membro do grupo. Os ladrões apontaram o advogado como contratante que teria ordenado ainda a morte do corretor de gado José Ricardo Gutti Gumari, o ‘Polaco'. As informações constam nos relatórios da e a denúncia tramita em segredo de justiça.

Após a rejeição imediata da juíza, os promotores Adriano Lobo Viana de Resende, Marcos Alex Vera de Oliveira e Humberto Lapa Ferri, da 29ª, 30ª e 31ª promotorias do Patrimônio Público de Campo Grande, recorreram ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) nesta semana.

Agora, o recurso será analisado pelo desembargador José Ale Ahmad Netto.

Dados na decisão de Felix Fisher

Filho do governador Reinaldo Azambuja, Rodrigo ficou preso por cinco dias após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deflagrar a Operação Vostok. Na época, o aposentado Luiz Carlos Vareiro, 61 anos, afirmou que teria sido contratado por Rodrigo para roubar e executar o corretor de gado José Ricardo Gutti Gumari, o ‘Polaco'.

A revelação constou na decisão do ministro Felix Fisher. Segundo a decisão, “no bojo das investigações, verificou-se a possível arregimentação de eventual eliminação/morte de um dos atores da organização criminosa, o investigado José Ricardo Gutti Gumari, conhecido como “Polaco”, em decorrência da sua ausência de fidelidade a organização”.

Conforme o documento, Polaco estaria chantageando os envolvidos no esquema, sob ameaça de que faria uma delação premiada. Consta ainda que o Preso por suposto roubo de veículo na BR-262, Vareiro denunciou o plano, supostamente encabeçado pelo filho do governador.

Na época, o lavador de carros denunciou que roubou “propina” de R$ 270 mil paga por integrantes da administração estadual a Polaco. Articulador do roubo, Vareiro exigiu a presença do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para revelar como orquestrou o crime.

De acordo com denunciante, o filho de Reinaldo Azambuja teria lhe procurado para encomendar o roubo da propina destinada a Polaco, além da morte do corretor.