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Transparência

Bispos iniciam último encontro antes de Sínodo da Amazônia

No último encontro em preparação ao Sínodo da Amazônia, que acontece em outubro em Roma, cerca de 60 bispos se reuniram nesta quarta-feira, 28, num antigo convento às margens das baías do Guajará e do Marajó. A reunião, que vai durar três dias, ocorre a portas fechadas e com reforço de segurança. Segundo os participantes, […]
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Foto: Reprodução
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No último encontro em preparação ao Sínodo da , que acontece em outubro em Roma, cerca de 60 bispos se reuniram nesta quarta-feira, 28, num antigo convento às margens das baías do Guajará e do Marajó. A reunião, que vai durar três dias, ocorre a portas fechadas e com reforço de segurança. Segundo os participantes, não serão discutidos assuntos políticos.

Para eles, o governo teria uma visão distorcida dos objetivos do Sínodo convocado pelo papa Francisco. “É besteira, uma ideia esdrúxula do governo sobre o Sínodo, não corresponde à nossa visão de jeito nenhum. Eles confundem soberania com pré-ocupação da Amazônia”, diz o bispo emérito do Xingu (PA), d. Erwin Krautler.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, a inteligência brasileira, que responde aos militares, monitorou os preparativos e até a diplomacia foi acionada para levar insatisfação à Santa Sé. Eles acham que o Sínodo tem viés de esquerda e dará margem a ameaças à soberania brasileira.

Guardas armados

Na recepção do antigo convento, uma viatura com três agentes armados da Guarda Municipal de Belém foi destacada para garantir a segurança dos religiosos, que não têm previsão de sair às ruas

Nos três dias, eles vão estudar o documento principal que vai orientar as discussões no Sínodo. Esse texto foi preparado pela Rede Eclesial Pan-Amazônica, a pedido da Igreja, após consultas a 87 mil pessoas dos nove países pelos quais a floresta amazônica se espalha. Ao final, pretendem divulgar uma nota.

Os 60 bispos se dividiram em oito grupos de discussão e devem entrar na manhã de hoje no trecho tratado por autoridades do governo brasileiro, principalmente os militares, como mais sensível à soberania nacional. O capítulo trata, entre outros temas, de , destruição ambiental e desrespeito a direitos dos povos originários, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos. A Igreja tem feito campanha contra o desmatamento e a mineração na floresta. O texto, porém, não cita o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Inconformados com o tom adotado pelos organizadores do Sínodo, representantes de grupos conservadores ligados à Igreja Católica vão realizar nos dias 4 e 5 de outubro, também em Roma, um encontro para contestar a abordagem sobre a questão ambiental. Abaixo-assinado com 20 mil assinaturas colhidas na região amazônica que será entregue à cúpula da Igreja repete o discurso do governo ao falar em “inaceitável” atentado à soberania.

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