Júri condena a 20 anos acusado de matar namorado da ex com carro do Detran

Regime fechado

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Regime fechado

Por maioria dos votos do Conselho de Sentença, Max Willian Romana dos Santos, de 24 anos, acusado da morte de Rafael Souza, de 25 anos, e tentativa de assassinato da ex-namorada foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão. O júri popular foi realizado, nesta quarta-feira (21), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

Max foi condenado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. O motivo torpe com recurso que dificultou a defesa da vítima foram reconhecidos pelos jurados e, a princípio, foi condenado a 32 anos, somando as duas sentenças. Na segunda fase, pela confissão, os jurados reduziram seis meses de reclusão para cada crime e na terceira fase, pela tentativa de homicídio da ex, houve redução de 1/3 (um terço), pois só houve a morte de Rafael.

Dessa forma, Max foi condenado à pena de 15 anos e seis meses de reclusão no homicídio de Rafael e dez anos e quatro meses de reclusão na tentativa de homicídio da ex-mulher. Pela prática de mais de um crime, os juízes aplicaram a pena do crime mais grave, ou seja, a fixada para o homicídio de Rafael, mas agravada em 1/3.

A soma da sentença dos crimes chegou à pena de 20 anos e oito meses de reclusão. Os crimes de homicídio e tentativa de homicídio são hediondos. Max também perdeu o direito de dirigir pelo prazo de cinco anos e terá de pagar as custas processuais.

CRIME

O crime ocorreu na noite do dia 31 de julho de 2016, no Bairro Mata do Jacinto. Max utilizou um veículo oficial do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) que passava por conserto na oficina em que ele trabalhava para atropelar o casal que estava parado em uma motocicleta. Segundo um tio da vítima, mesmo após derrubar os dois do veículo, teria dado ré e ‘passado por cima’ de Rafael.

Durante o júri, desta manhã, Max chegou a dizer que tudo não passou de um acidente. Segundo ele, após seis meses do término do relacionamento, o casal teria reatado e no dia anterior ao crime (sábado) teria passado o dia na chácara de seu pai retornando no domingo, 31 de julho. Ao chegar à residência do casal flagrou Rafael no imóvel com a mulher quando teve início a uma discussão entre os três.

Em seguida todos saíram da residência e a mulher estava pilotando a moto, quando segundo Max percebeu que Rafael fez menção de estar armado momento em que se assustou e acabou atropelando o casal ‘acidentalmente’.

O que foi contestado pela ex-mulher de Max, que disse que estava separada há seis meses e que no dia do crime tinha ido até a sua residência com o namorado para buscar roupas, quando ele chegou e passou a discutir com o casal. Ainda segundo ela, todos saíram e quando ela passou na motocicleta com Rafael na garupa Max teria ‘jogado’ o carro de propósito em cima do casal atropelando o jovem, que morreu. A mulher ainda afirmou que seria impossível Rafael fazer menção de estar armado, já que estava com as mãos ocupadas segurando sua bolsa e uma sacola de roupas.

Conteúdos relacionados

santa casa denúncia caso
company empresa bloqueio bens golpe
lobista