Pular para o conteúdo
Transparência

Construtora de Presídio Federal de MS é condenada a pagar R$ 621 mil à União

Condenação é resultado de tomada de contas por irregularidades na obra
Arquivo -
Presídio Federal de Campo Grande. (Foto: Arquivo/Midiamax)
Presídio Federal de Campo Grande. (Foto: Arquivo/Midiamax)

Condenação é resultado de tomada de contas por irregularidades na obra

O TCU (Tribunal de Contas da União) condenou a empreiteira responsável pela construção de Penitenciária Federal de , Palma Construções Ltda, a ressarcir em R$ 612 mil os cofres públicos, em razão de terem sido encontradas irregularidades na obra.

A decisão do Tribunal, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (20), é referente a um processo de tomada de contas especial que começou a ser analisado pela Corte em 2008. 

O processo analisa uma série de irregularidades apontadas na construção da Penitenciária Federal da Capital, com o fim de verificar a compatibilidade dos custos da obra com os preços de mercado.

A construção do presídio foi autorizada pelo Depen, órgão do Ministério da Justiça, por um preço inicial de R$ 17 milhões. A obra sofreu alguns termos aditivos durante sua execução, sendo orçada em R$ 20,7 milhões até sua entrega, em dezembro de 2006.

Ao todo, foram apontadas onze denúncias de irregularidades pela  Secob (Secretaria de Fiscalização de Obras e Patrimônio da União), das quais o ministro relator do processo, Augusto Sherman Cavalcanti, acatou três.

O contrato teria passado por reajustes de preços maiores do que os valores pagos à empreiteira, além de terem sido constatados pagamentos em duplicidade de valores, referentes à administração da obra. 

O TCU também constatou a baixa qualidade da obra, com problemas apontados por perícia da Polícia Federal como infiltrações no reservatório, ferragens expostas, falta de desnível entre áreas cobertas e descobertas das celas, fissuras no piso e portas metálicas emperradas.   

Outros condenados

Além da empreiteira, foram condenados no processo os ex-diretores do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), Mário Kuehne, que autorizou a construção do presídio, e Cristiano Órem de Andrade, ex-diretor-executivo do Departamento.

Ambos terão que ressarcir os cofres públicos em aproximadamente R$ 42 mil, segundo a decisão do Tribunal. Também foi condenada no processo a gestora do contrato à época, Érika Hatano Routledge, que atuava no Depen. Érika terá de pagar à União o montante de R$ 231 mil.

Érika Hatano e a empresa Palma Construções, que na época da construção atendia pelo nome de Palma Engenharia, ainda foram condenados ao pagamento de uma multa de R$ 40 mil cada.

As servidoras do Depen, Marcele Simone Câmara de Adrade e Carla Sueli Barbosa, responsáveis pelo recebimento da obra, assim como os engenheiros da Caixa Mário Massao Kobayashi e Ricardo Paes Barreto Neto, também foram condenados ao pagamento de multa de R$ 10 mil cada.

(com supervisão de Evelin Cáceres)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

VÍDEO: Atleta de rugby morre durante partida no Paraguai

Justiça de defere recuperação judicial de grupo proprietário da Agropecuária Santa Mônica

vereadora nanah corumbá

“Investimento em capacitação”, diz vereadora que lidera diárias na Câmara de Corumbá

Tutorial prático: como transformar uma foto antiga em um vídeo animado com IA

Notícias mais lidas agora

Despachante que tenta delação sobre corrupção no Detran-MS é alvo de nova ação do MPMS

prefeitura iptu

Após escândalo envolvendo promotor do MPMS, prefeito de Nova Alvorada deve cumprir ‘recomendações’

Pé na areia em Campo Grande é real! Mar de Xaraés é inaugurado e vira novo ponto turístico de MS

Prefeitura publica continuidade de licitação para construir USF no Lar do Trabalhador

Últimas Notícias

Política

Vereadores de Campo Grande debatem moradia indígena em audiência pública

Nos últimos anos, a Capital de Mato Grosso do Sul teve aumento de 6 mil novos moradores indígenas

Transparência

Após escândalo envolvendo promotor do MPMS, prefeito de Nova Alvorada deve cumprir ‘recomendações’

Membro do MPMS foi acusado de 'aliviar' para prefeito e caso foi parar na corregedoria

Justiça

Projeto que acelera medida protetiva de violência doméstica entra em funcionamento em MS

Projeto IntegraJus Mulher deve melhor trâmites para evitar feminicídios em Mato Grosso do Sul

Transparência

Justiça nega liberdade a empreiteiro que faturou R$ 2 milhões com escândalo em Terenos

Dono da Kurose foi preso na 'farra das empresas convidadas'