Obras vêm sendo anunciadas desde janeiro

Foi publicado no Diário Oficial de desta quinta-feira (15) o extrato do convênio assinado entre a Prefeitura Municipal e o Comando Militar do Oeste, para recapeamento e drenagem de ruas e avenidas da Capital com mão de obras de soldados do Exército. O repasse da Prefeitura ao Comando será de R$ 24 milhões, por um prazo de 27 meses.

Segundo relatado na última quinta-feira (8), em uma reunião entre a equipe de engenharia do Exército e representantes da Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), as obras devem iniciar já em novembro, a começar pelo trecho das Avenidas Bandeirantes e Marechal Deodoro, próximo ao trecho.

De acordo com o capitão Filipe, do 9º Batalhão de Engenharia e Construção, de Cuiabá, pelo menos 240 homens irão trabalhar no recapeamento das vias, num trecho que corresponde 12 quilômetros, que incluem também as ruas Brilhante e Guia Lopes.

Recursos e Atrasos

No início de agosto, o prefeito Alcides Bernal (PP) revelou que obteve autorização da AGU (Advocacia Geral da União) para que recebesse os recursos da Caixa Econômica Federal para execução do convênio. Os recapeamentos, entretanto, já tinham sido anunciados há mais de oito meses.

Segundo o secretário da Seintrha, Amilton Cândido de Oliveira, o convênio demorou a ser firmado pois a liberação dos recursos ficou paralisada na AGU. “Foi por conta da assinatura do governo, que saiu só no dia 25 de agosto. Queriam saber dos recursos, porque mesmo sendo da Caixa, na verdade o recurso é da Prefeitura. Mas acredito que as obras terminem antes do prazo estipulado”, afirmou.

Economia

Apesar de o prefeito Alcides Bernal ter declarado que o convênio seria um “marco histórico para a cidade”, a previsão do coronel Marcelo Guedon, feita no dia da assinatura do compromisso, é que as obras não gerem tão mais economia para a administração pública municipal do que se fossem feitas por empresas especializadas.

Isso porque a Prefeitura de Campo Grande tinha avaliado as obras inicialmente em R$ 19,5 milhões, mas tiveram de ser inclusos outros gastos no convênio, como com o deslocamento e a estadia dos soldados do 9º Batalhão de Engenharia de Corumbá. Também conta a falta de especialização da mão de obra dos soldados.

O fato dos soldados estarem em treinamento aumenta um pouco o tempo da obra. Isso é levado em consideração na hora do preço. Na prática, o valor do exército e de uma empresa é muito similar, já que a produtividade do exercito é mais baixa”, explicou Guedon.

(Sob supervisão de Evelin Araujo)