Polícia Federal deve ouvir Edson Giroto e João Amorim sobre recursos federais
Operação Lama Asfáltica faz análise de documentos
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Operação Lama Asfáltica faz análise de documentos
Após a deflagração da Operação Lama Asfáltica, que realizou 19 mandados de busca e apreensão de documentos nas casas de Edson Giroto, ex-secretário de André Puccinelli e do empresário João Amorim, a Polícia Federal faz análise dos documentos e ambos devem ser chamados para oitivas entre 30 e 50 dias, segundo informou o órgão nesta segunda-feira (13).
No momento, toda a Delegacia da Polícia Federal realiza a análise da documentação apreendida para poder embasar a oitiva dos supostos envolvidos. Como foi realizada busca nas casas de Giroto e Amorim, ambos deem esclarecer o conteúdo do material encontrado em depoimento.
A operação foi deflagrada para complementar informações constantes em dois inquéritos que correm em segredo de Justiça no Ministério Público Federal. A operação é feita em parceria com a Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União), que auditou contratos gerados a partir de recursos federais e constatou possíveis desvios de R$ 11 milhões em empresas que prestam serviços de asfaltamento e cobertura de remendos, os “tapa-buracos”.
Com a operação, os órgãos envolvidos apuram indícios encontrados durante as investigações de prática de diversos crimes, tais como sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e fraudes à licitação.
As investigações tiveram início há dois anos, quando foram detectados indícios de que importante empresário de Mato Grosso do Sul e diversas pessoas ligadas a ele corromperiam servidores públicos, fraudando licitações e desviando recursos públicos.
Dentre as ações do suposto grupo criminoso consta o direcionamento de licitações a empresários ligados à organização, os quais recebiam valores supostamente superfaturados e repassavam parte dos lucros a servidores coniventes envolvidos. Também foram identificadas vultosas doações para campanhas de políticos.
O nome da operação faz referência a um dos insumos utilizados em obras com indícios de serem superfaturadas identificadas durante as investigações. As empresas investigadas atuam nos ramos de pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, coleta de lixo e limpeza pública, entre outros.
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