Após morte de 10 mil peixes do Aquário, governo rompe contrato de Puccinelli
André contratou empresa por R$ 5,2 milhões para cuidar de peixes
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André contratou empresa por R$ 5,2 milhões para cuidar de peixes
O governo do Estado rescindiu nesta segunda-feira (29), o contrato de R$ 5,2 milhões com a empresa Anambi Análise Ambiental, responsável por cuidar dos peixes do Aquário do Pantanal. A empresa foi escolhida no ano passado, durante gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB).
Reinaldo Azambuja (PSDB) ainda espera o laudo da comissão criada para apurar o que causou a morte de 10 mil peixes que estavam em cativeiro para serem colocados nos tanques do Aquário do Pantanal. O governador do Estado disse na tarde da última segunda-feira (22) que só com o laudo é possível apontar os responsáveis pelas mortes.
Ainda de acordo com Azambuja, os resultados serão apresentados pelo governo conforme forem sendo repassados pela Comissão. “Tudo está sendo analisado e documentado. Estamos aguardando o relatório dos profissionais de São Paulo para saber quais foram às causas e o que perdemos com essa irresponsabilidade de trazer os peixes sem o aquário estar pronto”.
O governo atribui a morte dos animais à incapacidade técnica da empresa, mas não especificou qual foi a causa da morte. “As recomendações apontadas nas avaliações técnicas, previstas no edital, não foram totalmente atendidas”.
Leia a nota:
Em virtude do atraso na conclusão da edificação do Centro de Estudos e Pesquisas da Ictiofauna Pantaneira (Cepric) do Aquário do Pantanal, que estava previsto para novembro de 2015 e não há data precisa para a transferência dos peixes da quarentena para o referido centro, o Governo do Estado decidiu pelo encerramento do projeto de pesquisa científica “Biodiversidade para todos: da água à popularização da ciência e proteção da vida por meio do Aquário do Pantanal”.
A avaliação técnico-científica dos consultores pesquisadores doutores, especialistas na área do projeto, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais (Cepta) e da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp)- campus Jaboticabal, entregue na última quinta-feira (25), indicou que as recomendações apontadas nas avaliações técnicas, previstas no edital, não foram totalmente atendidas.
A mudança dos peixes para outro local deve ser muito bem avaliada, uma vez que encontram-se em fase de adaptação, tendo saído do ambiente natural para um quarentenário, passando por um estresse de captura de transporte e manejo e, algumas espécies já estão adaptadas.
Por este motivo, a orientação é que os peixes existentes sejam mantidos nos tanques da quarentena do Aquário até a conclusão do Centro de Pesquisa ou entregues à instituições de ensino e pesquisa.
O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) assumirá a manutenção dos peixes até que a obra seja concluída para a contenção dos gastos públicos.
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