Esquema de corrupção intermunicipal continua definindo ‘limites’ para investigações em Mato Grosso do Sul, denunciam servidores dos órgãos de controle. Assim, recentes prisões em Terenos teriam ficado a ‘apenas um CNPJ’ de distância dos verdadeiros mentores da organização.
No entanto, rápida análise nas relações societárias dos alvos presos seria suficiente para expandir a abrangência e eficácia das ações de combate ao crime.
No caso de Terenos, por exemplo, investigadores dizem que verdadeiro ‘rastro de areia’ escancara indícios de suposto esquema para fraudar contratos de beneficiamento e venda de insumos para obras de asfaltamento, como cascalho, pedregulho ou areia.
Indícios ignorados, dizem, revelam que entulho de construção acaba em obras de pavimentação, cobrado como material ‘novo’ em diversos municípios sul-mato-grossenses.
Quem chefia a corrupção intermunicipal em MS?
Recentemente, a organização que opera o esquema de corrupção intermunicipal já ‘escapou’ de operações anteriores da mesma forma.
Enquanto isso, apenas ‘peixes pequenos’ são pescados, enquanto os peixes grandes seguem encalacrados no emaranhado de sociedades, CNPJs e siglas partidárias.
Investigações em Mato Grosso do Sul, dizem servidores que analisaram papelada, sempre têm versões iniciais mais robustas que não deixam de fora os mentores intelectuais, nem lobistas que facilitam a atuação.
Nomes que se repetem por associação direta com operadores dos esquemas aparecem em ao menos 5 das últimas grandes investigações. Nunca aparecem, no entanto, nas denúncias e operações finais.
Ademais, alguns endereços por onde passam decisões importantes, negociações e muita advocacia administrativa também ficam fora, mesmo quando constam nos relatórios dos servidores.
Ligações altamente comprometedoras apontam para comando unificado dos esquemas de corrupção intermunicipal, mas são supostamente deletadas sem qualquer explicação.
Distribuição do dinheiro desviado dos cofres públicos, explicam servidores, também tem indícios pouco explorados: ninguém pergunta para onde vai o lucro ilícito.
Outrossim, denunciam os servidores que esses ‘facões’ podem até facilitar a defesa dos alvos, pois retiram informações cruciais, como a parte da lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Blindagem seletiva protege ‘peixes grandes’ em MS
Mas, supostamente sofrem ‘facões’ que filtram nomes, CNPJs, endereços e até relatórios produzidos após afastamento de sigilo telemático dos alvos.
A ‘edição’ que opera em Mato Grosso do Sul a blindagem seletiva entre os alvos é feita nos altos gabinetes. Mas, seria definida nos corredores, festinhas, pescarias e viagens em que investigados e investigadores confraternizam.
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