Reunião de célula em Campo Grande terminou em barraco depois que uma das irmãs abriu o coração. “Eu amo seu marido”, confessou uma jovem para esposa do chefe, que integra o grupo religioso, junto com outras servidoras.
Todas trabalham no mesmo órgão público. Assim, seriam estimuladas pelo próprio chefe a participar das reuniões religiosas organizadas alternadamente nas casas dos colegas de repartição para manter a ‘comunhão’.
No entanto, no último culto domiciliar, uma das servidoras, que acabou de terminar um casamento de pouca duração, lançou uma bomba.
Disse que precisava confessar o motivo de ter desistido do casamento e explicou que, desde que foi nomeada pelo marido da irmã de fé, começou a ter ‘fortes sentimentos’ pelo chefe. Aos prantos, ela ainda jurou que evitou ‘cair em adultério’ e por isso terminou o matrimônio.
Porém, como andou viajando com o chefe, acabou despertando desconfiança entre todas e a situação saiu de controle. As irmãs perderam a ‘comunhão’ e partiram para os ataques. Listaram detalhadamente os comportamentos inadequados da mulher e julgaram muito.
Reunião de célula em Campo Grande quase virou ringue
Quem participou conta que a reunião de célula teve momentos que, de tão trágicos, pareceram cômicos. “A irmã começou a falar abraçada por uma rodinha de mulheres, num espetáculo de sororidade que logo se tornou um barraco”, revela testemunha.
Por pouco, dizem, o culto domiciliar não virou caso de polícia. “Uma iluminada tirou a irmãzinha às pressas, senão a reunião de célula ia virar ringue”, relata.
Os esforços para manter tudo abafado correram fim de semana adentro. Até o momento, dizem, a moça não apareceu na repartição nem para pegar os pertences. Além disso, o chefe tem aparecido rapidamente e mantém discrição.
Quem o conhece diz que as prioridades são: convencer a esposa de que não houve nada, confortar a irmãzinha apaixonada e manter as aparências para o restante dos servidores. Ninguém sabe como será a próxima reunião da célula.
Afinal, o que são as ‘reuniões de células’?
As reuniões de célula são eventos religiosos particulares organizados geralmente nas casas dos integrantes de uma ‘célula’, como são chamados os grupos de 12 pessoas que integram uma unidade evangélica. O movimento surgiu como alternativa aos cultos evangélicos tradicionais nos templos das igrejas.
Por trás da ideia das reuniões de células está o movimento conhecido como G12, ou grupo dos 12, que começou nos anos 80 na Missão Carismática Internacional. O ministério colombiano, liderado pelos pastores César Castellanos e Cláudia Castellanos se inspirou na escolha dos 12 discípulos por Jesus.
Assim, as igrejas criam pequenos grupos com 12 pessoas e cada um é treinado para criar seu próprio grupo. Todos são chamados de ‘células’. Em Campo Grande, inúmeras igrejas evangélicas adotaram o modelo por favorecer o crescimento exponencial e interação entre os membros.
Apesar do aparente sucesso em alguns ministérios, o modelo de células dos G12 é alvo de críticas entre evangélicos que apontam o desvirtuamento das reuniões como principal falha. “Algumas reuniões de célula viram conversa sobre oportunidades de negócios, acordos político-eleitorais e deixam o culto em último plano”, relata um dos integrantes que presenciou o barraco.
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