Até agências internacionais que monitoram remessas de valores para países árabes encontraram dados cartorários regionais que contam detalhadamente como funcionaria suposto esquema para tirar proveito de cargos e informações privilegiadas. Solenemente ignoradas ou enroladas localmente, denúncias já estranharam loteamentos asfaltados e vazios, mas viraram procedimentos que não deram em nada.

No entanto, segundo os indícios, o golpe articularia investimentos imobiliários com ocultação de bens e lavagem de dinheiro.

Resumidamente, grupos com representantes em cargos estratégicos tomam conhecimento de áreas que receberão investimentos públicos vultuosos, ou até mesmo priorizam locais de interesse em tais projetos, e colocam laranjas para comprar imóveis a preços baixos na região.

Após valorização obtida com recursos dos cofres públicos, seguem roteiro pouco criativo: constroem grandes estabelecimentos do mesmo tipo e preparam loteamentos que recebem melhorias como asfaltamento bem antes de outras áreas já povoadas e mais populosas.

Além de enriquecer o grupo às custas de recursos públicos que são direcionados às áreas de interesse, teriam verdadeira lavanderia aproveitando a inflada valorização dos bens…