O prefeito de Corumbá Ruiter Cunha de Oliveira (PT) determinou que seja iniciada a reparação das ruas que receberam obras da rede de esgoto sanitário, reprovadas pelo setor de fiscalização do Município. Ao mesmo tempo a Procuradoria Geral do Município (PGM) deve tomar medidas para cobrar pelo trabalho, realizado pela Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), na Justiça.

Os serviços serão iniciados nesta terça-feira (22) em toda a cidade. Na semana passada, técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos realizaram um levantamento na cidade e detectaram pontos críticos, como nas ruas 21 de Setembro, Edu Rocha e Cyríaco de Toledo, que estão praticamente intransitáveis. Engenheiros constataram, nestes e em outros locais, que a recuperação do pavimento, após as obras de esgoto, não seguiu os padrões recomendados tecnicamente e que, com as chuvas, surgiram valas tanto por onde passou a rede coletora, como também nos trechos que ligam o esgoto das residências à rede.
 
“A orientação do prefeito é para que façamos a recuperação dessas ruas, para que tenham condições de tráfego, pois elas não podem continuar como estão. Quem está sofrendo é a população, os motoristas que utilizam as vias” observou o secretário de Infraestrutura, Ricardo Campos Ametlla, acrescentando: “Ao mesmo tempo, a Procuradoria Geral do Município vai tomar as medidas judiciais cabíveis, já que vamos aplicar recursos próprios, que poderiam ser utilizados em outras obras prioritárias. O que não podemos mais é esperar que a Sanesul tome as medidas necessárias para resolver o problema, o que não tem ocorrido”.
 
As obras de ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Corumbá fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. Somente na primeira etapa do programa, os investimentos giram em torno de R$ 54 milhões, sendo que o contrato é direto com o Governo do Estado, por meio da Sanesul. O programa disponibiliza recursos para recuperar o pavimento das ruas por onde passa a rede. “Desde 2009 estamos encaminhando relatórios técnicos sobre a situação, mas não temos observado nenhum esforço da Sanesul para melhorar o serviço. Por isso, vamos iniciar a recuperação e tomar as medidas judiciais cabíveis”, reforçou Ametlla, lembrando que até asfalto recentemente implantado sofreu sérios prejuízos com as obras de esgoto.