Virou moda

O silêncio virou a tática de políticos do Estado quando contraem a Covid-19. Nos últimos casos registrados, a população pouco soube do estado de saúde, a não ser pela imprensa.

Teve até morte

O prefeito de Miranda, Edson Moraes (PSDB), morreu sem a população saber detalhes de seu quadro médico. O último a ser internado, o prefeito interino de Paranhos, Donizete Viaro (MDB), nem sequer comunicou os moradores.

Mais um

O mais recente foi o caso do deputado estadual Cabo Almi (PT). Apesar de ter evitado comentar nas redes sociais, sua assessoria prestou informações à imprensa, único canal que o sul-mato-grossense pode saber de seu estado de saúde.

Não deu

Ao comentar o ataque a uma escola de Santa Catarina, o deputado estadual João Henrique Catan (PL) lembrou de dois projetos de sua autoria para dar mais segurança às escolas, mas foram arquivados. As matérias previam câmeras de segurança e treinamento para uso de armas não letais por funcionários. “Duas propostas que poderiam ajudar a evitar tragédias como essa. Uma pena!”, escreveu no Facebook.

Voltei

O ex-vereador de Campo Grande Veterinário Francisco (PSB) se reuniu com o líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Rinaldo Modesto, para pedir a criação da Subsecretaria de Proteção e Bem-Estar Animal. Na Capital, o político pressionou a prefeitura para criar a mesma pasta, que saiu do papel no ano passado.

Vacinado

O deputado estadual Evander Vendramini compartilhou nas redes sociais que recebeu a primeira dose da vacina contra Covid-19. Natural de Corumbá, ele não informou que critério permitiu receber o imunizante nem qual deles foi aplicado.

Distorções

Para contrapor o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), o deputado estadual Coronel David (sem partido) usou trechos de reportagens na imprensa para apontar um suposto fracasso da gestão do democrata. Porém, o parlamentar distorceu as falas do ex-ministro.

Não foi assim

Mandetta frisou na CPI da Pandemia que as primeiras semanas foram duras pela falta de informação sobre o novo coronavírus. Ele ressaltou que se baseou na ciência, mas David recortou reportagem em que o então ministro recomendava “chá, canja de galinha e reza” contra o vírus. Em março do ano passado, pouco se sabia como tratar a Covid-19.

Para evitar exposição

Outra fala que o deputado destacou foi a de que se procurasse hospitais apenas com sintomas. Na CPI, o ex-ministro destacou que a recomendação era antes do registro do primeiro caso, portanto ainda não havia circulação do vírus e motivo para procurar atendimento se não tivesse tido contato ou viajado para países com confirmações.

Lockdown

Sobre o lockdown, Mandetta afirmou que a medida foi tomada muito tarde, enquanto David postou notícia que descartava a necessidade de cancelar o Carnaval. O primeiro caso de Covid-19 no Brasil foi dias após as festas, de um paulista que viajou para a Itália.