A vereadora bolsonarista Ana Portela (PL) falou publicamente, pela primeira vez, sobre ser casada com uma mulher por mais de uma década. A declaração foi realizada durante a sessão ordinária desta terça-feira (8), na Câmara Municipal de Campo Grande.
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No DivulgaCand das eleições de 2024, Ana Portela se autodeclarou como solteira e não informou a orientação sexual. Após a declaração, a Câmara Municipal passa a ter dois vereadores assumidamente homossexuais. Jean Ferreira (PT) foi o primeiro e, até então, era o único a se declarar LGBT.
Na sessão passada, a parlamentar pediu a palavra para responder ao colega Jean Ferreira sobre a bancada do PL ser preconceituosa com a população LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexo, assexuais e outras identidades de gênero e orientações sexuais).
O debate girava em torno da cartilha “Cuidando com Respeito: Gestação de Homens Trans e Transmasculines”, que trata sobre a gravidez de homens trans.
“Gostaria de entender o problema, não sei se é uma tentação, um desejo enrustido, um ódio ou um preconceito. É uma cartilha que não foi feita com recursos públicos, um debate que tem que ser feito, porque essas pessoas chegam nas unidades de saúde e, muitas vezes, os médicos não sabem como lidar com essas pessoas, o que acontece naquela cartilha é apenas informação, não vai ser distribuída em escolas, apenas para população de homens trans”, provocou o vereador.
‘Não sou minoria’
A pergunta foi feita ao vereador André Salineiro (PL), mas Ana Portela pediu para responder. No discurso, a vereadora alegou que não é preconceituosa, porque é casada com uma mulher, mas apontou que não usa a orientação sexual como pauta política.
“Jean, todo mundo aqui sabe, todos os nossos colegas sabem. Eu sou casada há 11 anos com a Larissa Alves de Souza. E eu não sou preconceituosa. Não preciso usar eles como massa de manobra. Antes de eu ser casada com a Larissa, eu sou Ana Portela, sou filha, tenho pai, tenho mãe, não sou minoria, não somos nós contra eles. Então não vem falar que essa bancada é preconceituosa”, rebateu.
A vereadora bolsonarista continuou e sugeriu que o colega petista se preocupasse com outros temas para a população queer, como a inserção no mercado de trabalho. “Você sempre quer levar essas pessoas como minorias. Nós não somos minoria”, finalizou.
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