O médico Dr. Arlindo (Republicanos), vice-prefeito de Terenos, assumiu interinamente a chefia do Executivo Municipal após a prisão e afastamento do prefeito Henrique Budke (PSDB) na Operação Spotless, deflagrada nesta semana.
Em suas primeiras declarações no cargo, anunciou que irá suspender os contratos e pagamentos destinados às empresas citadas na operação policial que investiga a gestão anterior. A prioridade, segundo ele, será “recuperar a confiança da população e a credibilidade política”.
A medida de suspensão dos contratos foi confirmada por Arlindo, que afirmou estar em contato com o setor jurídico da prefeitura para efetivar a medida.
“Iremos suspender todas essas licitações dos quais as empresas foram citadas, assim também como o pagamento que ainda por ser realizado serão suspensos até analisarmos toda a situação”, declarou o prefeito interino.

Entre os serviços que podem ser afetados estão a limpeza urbana e o fornecimento de internet para as unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESFs).
O prefeito informou que, para garantir a continuidade, os serviços de limpeza, como roçada e sinalização, ficarão a cargo da própria prefeitura. Ele avalia que a suspensão não deve atrasar obras importantes, pois a maioria já está em fase final de conclusão ou são parcerias com o Governo do Estado, envolvendo outras empresas. A exemplo disso, o Hospital Municipal de Terenos.
“A maioria das obras já foram entregues, tem algumas obras ainda que estão para serem entregues, mas já estão a 80, 90% de conclusão, então não vai atrapalhar. O nosso hospital continua em plena construção até porque é uma parceria com o Governo do Estado, são outras empresas. O poliesportivo também continua com parceria do Governo do Estado”, destacou.
Questionado sobre mudanças na equipe de governo, como secretários e cargos comissionados, Dr. Arlindo afirmou que, em um primeiro momento, não pretende fazer alterações. “A princípio não. A não ser que tenha algum fator, alguma coisa, aí sim, vamos afastar quem precisar ser afastado, mas a princípio não, preciso entender toda a situação primeiro”, pontuou.
O novo chefe do Executivo disse ter sido pego de surpresa pela operação, recebendo a notícia pela mídia.
Arlindo informou que, na condição de vice-prefeito, não possuía participação ativa na administração e seu papel se restringia a momentos solenes ou ausências do titular, o que não ocorreu neste ano.
Arlindo negou ter conhecimento ou ter sido convidado a participar de qualquer atividade ilegal, e afirmou não possuir uma relação de amizade próxima com o prefeito preso e afastado, Henrique Budke (PSDB).
Com 21 anos de profissão na medicina, Dr. Arlindo, de 46 anos, destacou que a saúde será uma de suas prioridades. “Com toda certeza, meu foco sempre foi a saúde, eu sempre fui ligado à saúde”, disse. Ele prometeu uma “gestão de portas abertas, transparentes, de ouvidos atentos, de mãos limpas”.
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