Vereadores de Campo Grande seguiram a tendência em reações negativas à camiseta vermelha da seleção brasileira. Os parlamentares criticaram o uniforme de nova cor e consideraram como “ato político” a nova versão.
Análise da Quaest aponta que em 48h, 90% dos comentários sobre a camiseta vermelha foram negativos. Contudo, após repercussão da vestimenta, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) destacou que os itens não serão usados em partidas oficiais.
Para o vereador Rafael Tavares (PL), “é um verdadeiro absurdo cogitarem qualquer possibilidade da seleção brasileira utilizar um uniforme sem identidade histórica com o nosso país”. O parlamentar destacou que é “fato político, por conta da influência do governo do PT no presidente da CBF”.
Ademais, disse que a camiseta se trata de “tentativa de utilização do esporte e do futebol para fazer uma agenda política de esquerda”.
Para Luiza Ribeiro (PT), a camiseta “tem que ser de todas as cores, o Brasil é multicolorido! Somos muitos e de todas as possibilidades”, disse.
Mudança de cor
Enquanto isso, o vereador Ladmark (PT), preferiu não se posicionar sobre a possibilidade de mudança de cor. “Essa mudança que pode ocorrer na cor da camisa da Seleção é uma decisão comercial da CBF, que é uma entidade privada, em parceria com a Nike, fornecedora de material esportivo. Não cabe a mim, como vereador, opinar sobre questões de marketing de uma instituição privada”, explicou.
Ao contrário dele, a vereadora Ana Portela (PL) destacou que a camiseta verde e amarela é símbolo nacional. “Trocar isso por vermelho, uma cor politicamente associada a um projeto de poder ideológico, não é só uma escolha estética, é uma tentativa clara de apropriação simbólica e política que desrespeita esse legado”, opinou.
Além disso, justificou que “quando a direita passou a vestir a camisa verde e amarela, não foi para se apropriar de um símbolo nacional, mas sim para resgatá-lo”.
Por fim, o vereador Beto Avelar (PP) disse que é contrário a mudança de cor. “Eu acredito que isso vai acirrar os ânimos num momento político muito animoso e com muito conflito de opiniões. E a Copa do Mundo acontece em meio à campanha eleitoral no Brasil”, pontuou.
Então, afirmou que “a época de Copa do Mundo é justamente para o contrário, é para unir o torcedor. O esporte serve para isso. A CBF ao permitir a mudança de cor da camisa estará tirando o foco da crise política pela qual passa a instituição, cercada de denúncias, com dirigentes presos, inúmeros casos de corrupção e com o descaso”, disse.
Camiseta não oficial
A CBF esclareceu que “as imagens recentemente divulgadas de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais”.
Logo, explicou que “a CBF e a Nike, sua fornecedora oficial, ainda não divulgaram informações sobre a nova coleção de uniformes da Seleção”.
Reforçou o “compromisso com a transparência e o cumprimento de seu estatuto, informando que a linha de uniformes para o Mundial será definida em parceria com a Nike no momento oportuno”.