O futuro do prédio da Maternidade das Moreninhas, fechado há quase uma década e atualmente abandonado, dividiu a opinião de vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande. Enquanto alguns defendem a reativação do espaço com uma nova finalidade, há quem prefira o fortalecimento da rede de saúde já existente.
O vereador Junior Coringa (MDB) revelou que está articulando junto à prefeitura a criação de um hospital de pequenas cirurgias no local. “Fiz reunião com o comitê de saúde para preparar um projeto no espaço para ser um hospital de pequenas cirurgias com média de 300 cirurgias por mês”, afirmou.
Coringa aposta nas emendas da bancada federal, destinadas a obras estruturantes no final do ano, como uma fonte de recursos para viabilizar a proposta.
Na contramão, o vereador Jamal Salem (MDB), que já foi secretário de saúde da capital, se opõe à ideia. Para ele, o foco deveria ser a valorização das unidades existentes.
“Estamos em uma crise financeira. Acho melhor aumentar leitos em outros hospitais. O município não consegue administrar”, declarou, prevendo também a falta de profissionais para atuar em uma nova unidade.
Quem também avalia o cenário é o vereador Victor Rocha (PSDB), integrante da comissão de saúde e ex-secretário adjunto na época em que a maternidade funcionava. Ele criticou o longo histórico de promessas não cumpridas para o prédio.
“Já vi vários propostas ali, hospital de pequeno porte, local para cirurgias eletivas […] Já vi de tudo, mas nada saiu do papel”, lamentou.
Para ele, o mais importante é que a prefeitura execute um projeto que aumente a oferta de leitos, independentemente da finalidade. “Pode ser hospital, pode ser para pequenas cirurgias, maternidade, mas que realmente saia do papel”, afirmou ao Jornal Midiamax. Vale lembrar que Vitor tem sido cotado para assumir a pasta, que está sob o comando de comitê gestor após a saída de Rosana Leite.