Os vereadores bolsonaristas de Campo Grande, André Salineiro e Rafael Tavares, ambos do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, pensam de forma diferente quanto ao protagonismo do governador de São Paulo e potencial candidato à presidência em 2026, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acerca da mediação na crise enfrentada entre o governo brasileiro e o presidente estadunidense, Donald Trump.
Para Salineiro, “Tarcísio está fazendo neste momento o papel de articulador, pois sabe da gravidade das consequências”. O parlamentar considera que o governador paulista “tem competência e motivos para tomar a frente na tentativa de convencimento político” e crê que o presidente Trump pode ser sensibilizado.
“Não só por ele [Tarcísio], mas pela comitiva de parlamentares ligados a Bolsonaro. Tarcísio está fazendo um ótimo trabalho em SP e, durante toda sua jornada, demonstrou lealdade ao presidente”, afirmou.
Já Rafael Tavares não vê articulação pró-direita em Tarcísio. O parlamentar atribui protagonismo ao filho do ex-presidente Eduardo Bolsonaro, que está morando nos Estados Unidos.
“Tarcísio é governador de São Paulo e está se manifestando em defesa dos empresários de São Paulo. Quem está à frente dessa articulação da direita com os Estados Unidos é Eduardo Bolsonaro, deputado que está licenciado, perseguido por Alexandre de Moraes e que conversa diretamente com o Trump”, afirmou ao Midiamax.
Segundo Tavares, a única forma de o Congresso Nacional aqui do Brasil resolver essa situação é concedendo anistia ampla e restrita para todos os perseguidos do 8 de janeiro, permitindo que Bolsonaro dispute as eleições de 2026 e instaurando processo de impeachment ao ministro do Superior Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
“Se o Brasil tentar peitar os Estados Unidos como o Lula bravateiro falou alguns dias atrás e já recuou em relação à reciprocidade, vai piorar a situação do Brasil. Vai causar desemprego, empresas vão fechar. Então o Congresso Nacional tem o poder de resolver essa situação com essas condições impostas pelo governo americano”, afirmou o parlamentar.
A correligionária Ana Portela, filha do presidente regional do PL em Mato Grosso do Sul, Tenente Portela, adotou posicionamento ameno, sem atribuir protagonismo ao governador paulista. Em nota ao Midiamax, ela pontua que “a direita é muito forte no Brasil e nós sempre precisamos mostrar essa força, seja nos discursos ou em quem está do nosso lado”.
Ana lembra que Tarcísio esteve ao lado de Bolsonaro nas últimas manifestações e demonstrou apoio ao ex-presidente, a quem ela chama de “nosso grande líder”.
“As escolhas do presidente Bolsonaro serão o caminho que iremos seguir. Infelizmente, a força dele tem assustado a esquerda e um STF manipulador e estamos vendo essa perseguição, que tem repercutido internacionalmente e ocasionou no apoio do presidente Trump ao Bolsonaro. O que nós queremos é o fim de perseguições políticas e ideológicas”, afirmou.
Reunião com empresários
Ontem, Tarcísio reuniu cerca de 15 representantes de entidades para debater os impactos das taxações impostas pelo presidente Donald Trump, que impactam diretamente a economia do principal centro econômico do país.
Segundo o UOL, o encontro entre governador e os empresários durou cerca de 1h30, no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul de São Paulo.
O encontro foi marcado para as 10h e se encerrou por volta das 11h40. Participaram da reunião, além de Tarcísio, os secretários Arthur Lima, da Casa Civil do Estado de São Paulo; Jorge Lima, do Desenvolvimento Econômico; e Laís Vita, de Comunicação.
O objetivo da reunião foi mapear um diagnóstico sobre a situação do empresariado paulista impactado pelo tarifaço de Trump, em especial setores mais afetados no estado, como os exportadores de suco de laranja e de carne.
O diagnóstico deverá ser entregue ao Governo Federal, que também mobiliza encontros com entidades representativas. O vice-presidente Geraldo Alckmin tem liderado os trabalhos de negociação com o governo norte-americano e, ontem, esteve reunido também com empresários do agronegócio e da indústria, que pediram a busca do governo brasileiro na prorrogação do prazo para início das taxações, com Trump.
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