Um grupo de estudantes do curso de Direito da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) utilizou nesta segunda-feira (12) a tribuna livre da 15ª sessão ordinária da Câmara de Dourados para pedir o apoio dos vereadores para a implementação de medidas efetivas de segurança no entorno das universidades.
No mês passado uma jovem de 18 anos foi estuprada nas proximidades das instituições de ensino superior. Conforme investigação policial, o crime ocorreu quando a estudante seguia a pé para a casa de um amigo e foi surpreendida por um motociclista.
O suspeito a arrastou para um terreno baldio com matagal, cometeu o crime e fugiu em seguida. Esse é o segundo caso de estupro envolvendo estudantes na região. Em agosto de 2022, outra jovem estudante da UFGD sofreu violência sexual após ser abordada por um motociclista, em frente a um terreno baldio.
Segundo a representante do Centro Acadêmico Águia de Haia, Lara Rossales, toda a comunidade acadêmica da região tem convivido com sentimento de medo e insegurança diante dos casos de violência sexual registrados.
A estudante destacou a necessidade de o poder público adotar medidas emergenciais para garantir a segurança dos estudantes que circulam diariamente pela região, entre elas, a melhoria da iluminação pública, limpeza dos terrenos baldios e uma presença efetiva da Polícia Militar e da Guarda Municipal.
“Antes que sejamos mais uma estatística, mais um boletim de ocorrência e mais um nome sussurrado entre lágrimas, pedimos uma ação efetiva do poder público e o apoio dos vereadores nesta luta”, protestou a estudante.
Já na ordem do dia da 15ª sessão ordinária, os vereadores de Dourados aprovaram o projeto de lei nº 042/2025, de autoria do vereador Franklin, que institui a Campanha “A Rua é Pública, Meu Corpo NÃO!” de caráter permanente e de conscientização e enfrentamento ao assédio sexual e outras formas de violência contra mulheres em Dourados.
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