Na manhã desta quinta-feira (29), o Plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julgou o recurso do prefeito Álvaro Urt (PSDB) que tentava reverter sua inelegibilidade e assumir o mandato. Urt recebeu a maioria dos votos para assumir o Executivo nas eleições de 2024, mas teve candidatura indeferida por inelegibilidade.
Por unanimidade, os ministros negaram provimento ao recurso e, agora, Bandeirantes deverá ter eleição suplementar, que será definida pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral).
O relator do recurso foi o ministro André Mendonça, e os demais ministros acompanharam e votaram contra o recurso. Esta foi a segunda vez que ele venceu uma eleição, mas não pôde tomar posse.
Decisão do TSE indeferiu a candidatura dele e barrou a terceira candidatura após eleição no município, a 74 quilômetros de Campo Grande. Decisão de 10 de outubro do TSE se baseia na cassação de Urt como prefeito do município, em decorrência de infrações político-administrativas entre 2016 e 2020.
“O Tribunal, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, determinando, de imediato, a realização de nova eleição para os cargos de prefeito e de vice-prefeito do Município de Bandeirantes/MS, independentemente da publicação do acordão e da interposição de eventuais recursos pelas partes, nos termos do voto do Relator”, julga o TSE.

A reportagem entrou em contato com o TRE-MS para apurar se eleições no município já têm data para acontecer, mas ainda não houve retorno. Álvaro Urt (PSDB) também foi procurado, mas até o fechamento do material não havia se posicionado.
Eleitores de Bandeirantes vivem déjà vu
Em abril, o Midiamax esteve em Bandeirantes e conversou com os moradores sobre a indefinição que segue na prefeitura. Mais de 5,5 mil eleitores de Bandeirantes compareceram às urnas em 2024 para eleger um novo prefeito. Por volta das 17h30 de 6 de outubro daquele ano, conheceram o mais votado. Contudo, quatro dias depois veio o déjà vu: a candidatura indeferida não garantiu a posse do eleito e nem novas eleições para o município, a 74 quilômetros de Campo Grande.
Desde então, o município enfrenta cenário parecido com o pleito de 2020. Alvaro Urt (PSDB) foi eleito naquele ano e em 2024 para comandar o Executivo, mas está inelegível. Enquanto isso, o presidente da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, Marcelo Abdo (PP), assumiu a cadeira de prefeito interino.
Nas eleições municipais daquele ano, com votação em 15 de novembro, o candidato eleito também teve candidatura indeferida. A definição de um novo prefeito aconteceu quase um ano depois, em 7 de novembro de 2021.
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