Senadora por Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (PODE) foi flagrada em vídeo conversando com advogado de Antonio Carlos Camilo Antunes — o ‘Careca do INSS’ — durante sessão da CPMI do INSS. A parlamentar afirmou que a situação se tratava de tentativa de apaziguamento.
Isso porque pouco antes, a sessão presenciou confusão entre um dos deputados integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito e o advogado de Antonio.
Na sessão de 25 de setembro, o relator da CPMI, deputado Alberto Gaspar (União), disse que o ‘Careca do INSS’ seria “autor do maior roubo aos aposentados e pensionistas do Brasil”.
Após o comentário, houve discussão entre o deputado Zé Trovão (PL) e o advogado Cleber Lopes. Na transmissão do Senado é possível ver a senadora se aproximando do advogado.
RELEMBRE – Relator chama ‘Careca do INSS’ de ladrão, advogado reage e confusão interrompe CPMI
‘Confusão’, lembra senadora
“O que ocorreu foi uma confusão entre o advogado do depoente e alguns parlamentares, inclusive o relator da CPMI – situação que, infelizmente, tem se repetido em algumas audiências”, disse a senadora.
Advogada, Soraya disse que atuou no “sentido de mediar e apaziguar os ânimos, buscando garantir tanto o respeito às prerrogativas da defesa quanto a atuação legítima dos parlamentares”. Além disso, lembrou que os integrantes têm poder de polícia assegurado pela Constituição durante uma CPMI.
Por fim, a senadora pontuou que outros membros da comissão também intervieram. Soraya disse que “conversou com o advogado para ajudar a restabelecer a ordem, uma vez que eles iriam embora, pois mandaram recolher o depoente e a senadora pediu para ficarem. Foi apenas isso, sem qualquer outra conotação”, disse sobre a situação.
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CPMI do INSS
A CPMI pediu inquérito contra Rubens Oliveira Costa, sócio do ‘Careca do INSS‘, que terminou preso durante seu depoimento à Comissão CPMI em 22 de setembro. Contudo, o inquérito pode ser arquivado após pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).
A CPMI alegou que Costa cometeu falso testemunho. No entanto, a PGR entende que, como o depoente estava na condição de investigado. Assim, não teria o compromisso legal de dizer a verdade.
Em 11 de setembro, a CPMI aprovou as quebras de sigilo da Contag, ligada ao PT, e do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical). José Ferreira da Silva — o “Frei Chico” e irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — é vice-presidente do sindicato.
Investigações da Polícia Federal e da CGU apontaram, em abril, um esquema que cobrava mensalidades irregulares de aposentados e pensionistas. Assim, os descontos dos benefícios aconteciam sem autorização. Os desvios investigados, referentes ao período de 2019 até 2024, somam cerca de R$ 6,3 bilhões.
Em julho, o governo federal editou medida provisória que abriu crédito extraordinário ao Orçamento da União, de R$ 3,3 bilhões, para ressarcir os prejudicados (MP 1.306/2025).
Logo, a CPMI terá 180 dias para investigar as fraudes. O pedido de criação da CPMI é de 12 de maio. As autoras são a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT).
Por fim, leitura do pedido durante sessão do Congresso oficializou a criação da comissão. O requerimento teve o apoio de 223 deputados e 36 senadores — número superior ao mínimo exigido (um terço da composição de cada Casa). A comissão mista contém 15 senadores e 15 deputados no grupo de titulares.
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