Nesta semana, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) aprovou mais de 400 requerimentos e quebra de sigilo. Integrante do grupo no Congresso, a senadora por Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (Podemos), apontou de forma crítica que “há, sim, uma movimentação política em torno dessa CPMI”.
Ao Jornal Midiamax, afirmou que a movimentação se dá por “tentativas de defender governo A ou B”. E disse ainda que busca a “verdade, doa a quem doer”. “Não podemos reduzir os descontos indevidos nos benefícios do INSS a algo simplório ou a um culpado isolado”, disse a senadora.
Assim, reforçou que “as investigações já demonstram um esquema criminoso de grande alcance, que atravessou governos”. Soraya citou que o rombo envolveu inúmeras pessoas e prejudicou milhões de brasileiros.
“Nosso compromisso é com os maiores lesados: os aposentados e pensionistas. Essa CPMI não pode virar palco de narrativas políticas, mas sim de apuração séria, para que a verdade venha à tona”, criticou a senadora.
Por fim, ressaltou que as aprovações da semana mostram a “complexidade dessa investigação” e “o empenho dos parlamentares que integram a comissão”.
CPMI do INSS
Em 11 de setembro, a CPMI aprovou as quebras de sigilo da Contag, ligada ao PT, e do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical). José Ferreira da Silva — o “Frei Chico” e irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — é vice-presidente do sindicato.
Investigações da Polícia Federal e da CGU apontaram, em abril, um esquema que cobrava mensalidades irregulares de aposentados e pensionistas. Assim, os descontos dos benefícios aconteciam sem autorização. Os desvios investigados, referentes ao período de 2019 até 2024, somam cerca de R$ 6,3 bilhões.
Em julho, o governo federal editou medida provisória que abriu crédito extraordinário ao Orçamento da União, de R$ 3,3 bilhões, para ressarcir os prejudicados (MP 1.306/2025).
Logo, a CPMI terá 180 dias para investigar as fraudes. O pedido de criação da CPMI é de 12 de maio. As autoras são a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT).
Por fim, leitura do pedido durante sessão do Congresso oficializou a criação da comissão. O requerimento teve o apoio de 223 deputados e 36 senadores — número superior ao mínimo exigido (um terço da composição de cada Casa). A comissão mista contém 15 senadores e 15 deputados no grupo de titulares.
💬 Receba notícias antes de todo mundo
Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.
(Revisão: Bianca Iglesias)