A semana política em Mato Grosso do Sul foi marcada por agendas com visitantes internacionais, debates sobre o cumprimento de metas na gestão na Capital, desdobramentos judiciais de operações contra a corrupção no interior e articulações em Brasília atuação unânime dos representantes do Estado.
O resumo político do Jornal Midiamax sintetiza o que é importante para você ficar por dentro. Confira!
Relações Internacionais
Um dos principais eventos políticos da semana foi a visita do presidente do Paraguai, Santiago Peña, a Dourados e Campo Grande.
A agenda, recepcionada pelo governador Eduardo Riedel (PP), teve como foco a integração regional e o avanço de projetos de logística, com destaque para a Rota Bioceânica.
Em Campo Grande, também ocorreu a “Agenda Climática Pré-COP30 Bioma Pantanal” reunindo autoridades para discutir a participação do bioma identitário ao Estado na próxima conferência do clima da ONU, reforçando a mensagem de que, apesar de sediada na Amazônia, a cúpula será uma “COP de todos os biomas”.
Ministros também estiveram em Mato Grosso do Sul para agendas com o governo. Camilo Santana, da Educação, passou por Dourados anunciando obras, creches e investimentos para comunidade indígena, e na Capital o gestor tratou do lançamento da carteirinha de benefícios aos professores.
Simone Tebet, do Planejamento, participou de Seminário da Reforma Agrária, realizado na Alems (Assembleia Legislativa de MS) e que ficou lotada de agricultores. O evento foi palco para entrega de títulos de domínio e concessão para famílias do interior, além de fomento com crédito e lançamento de condomínio em comunidade quilombola.
Em Campo Grande
Na capital, a prefeita Adriane Lopes (PP) prorrogou o decreto de corte de gastos, que limita nomeações e a concessão de diárias, até o final do ano. Ela também reuniu o secretariado para revisar as entregas e o cumprimento de metas do plano de governo.
Na Justiça, ex-secretário, um empreiteiro e mais cinco pessoas foram condenados a devolver R$ 2,7 milhões por desvios em uma obra.
Já o Consórcio Guaicurus sofreu nova derrota no Tribunal de Justiça e terá de pagar R$ 76 mil em multas por irregularidades na prestação do serviço de transporte coletivo.
O consórcio também está no centro da ação de coleta de assinaturas para a petição popular pela intervenção ao contrato de concessão. Após lançada, a plataforma já contabiliza mais de 7 mil assinaturas e agora vai aos terminais no centro e nos bairros.
O vereador que encabeça a ação, Maicon Nogueira (PP), afirma que a medida de ir presencialmente em busca das assinaturas dos usuários pode ser barrada pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), mas ele afirma que aguarda o posicionamento oficial da pasta, e caso se confirme fará valer seu direito como parlamentar.
Em Brasília
Na Capital Federal, a semana foi de votações e debates importantes para a bancada sul-mato-grossense.
A CCJ da Câmara também aprovou um projeto que autoriza a criação de um cadastro nacional de invasores de terras. Enquanto isso, o Conselho de Ética adiou a análise do pedido de suspensão do mandato do deputado federal Marcos Pollon (PL).
No Senado, a sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP) alertou o ministro da Defesa sobre o avanço de facções criminosas nas fronteiras secas do Estado. E a frente parlamentar para defesa de terras raras ficou sob a presidência do conterrâneo Nelsinho Trad, do PSD.
Na CPMI do INSS, a senadora Soraya Thronicke (PODE) foi flagrada em vídeo conversando com advogado de Antonio Carlos Camilo Antunes — o ‘Careca do INSS‘ — durante sessão do dia 29. A parlamentar afirmou que a situação se tratava de tentativa de apaziguamento, diante de ânimos acirrados e ameaça de abandono da audiência.
No interior do Estado
O prefeito de Ladário, Munir Ramunieh (PSDB), virou algo de ação do Ministério Público do Mato Grosso do Sul para que o político tenha seus direitos políticos suspensos, ou seja, que fique inelegível e sem as funções públicas.
O recurso foi apresentado após sentença condenar o agora prefeito por episódio conhecido como ‘farra das diárias’, em que Munir teve que devolver R$ 34 mil recebidos irregularmente por viagens enquanto vereador daquele município.
Em Ivinhema, a Justiça determinou que o prefeito Juliano Ferro preste explicações sobre o uso de uma casa e uma camionete em nome de um réu por tráfico de drogas.
O prefeito acabou réu porque não declarou bens que seriam dele, mas que estão em nome de traficante. O caso pode resultar em pena de até cinco anos de prisão para o político. Em depoimento à PF, o prefeito sustentou ter declarado a casa em questão, avaliada, segundo ele, em R$ 750 mil.
Em Terenos, o prefeito Henrique Budke (PSDB), preso sob acusação de comandar esquema criminoso de desvio de recursos do setor de obras, vereador, policial militar e outras 23 pessoas foram denunciados no esquema de corrupção desmantelado na Operação Spotless.
Segundo a denúncia do MPMS, licitações de obras públicas eram direcionadas, e empresas se revezavam nos serviços, garantindo que o grupo se beneficiasse do esquema, que incluía pagamento de propina ao prefeito e outros citados.
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(Revisão: Bianca Iglesias)