A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus deveria entregar à Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, na próxima sessão, na terça-feira (2), o relatório dos trabalhos que investigaram a má prestação do serviço de transporte coletivo em Campo Grande. Contudo, após novo adiamento por falta de consenso entre os parlamentares, o relatório teve entrega adiada. Assim, a semana de trabalhos começa sem uma nova data.
A decisão foi tomada pela CPI após uma reunião que durou 4 horas na sexta-feira (29). A apresentação do relatório final estava marcada para a próxima terça-feira. No entanto, ainda não foi divulgada uma nova data. O prazo para encerramento dos trabalhos é 12 de setembro.
A CPI começou os trabalhos em abril. Após quatro meses de oitivas, análises de documentos e audiência pública, os membros entregaram os relatórios para a vereadora Ana Portela (PL), relatora da CPI, reunir as informações e montar o documento final.
“Da minha parte, estou construindo algumas informações — que não sei se vêm constando no relatório dela — para que a gente não perca a oportunidade; estamos produzindo para, talvez, ela agregar”, disse Luiza Ribeiro (PT), membro da CPI.
Além de Luiza e Ana, os vereadores Junior Coringa (MDB) e Maicon Nogueira (PP) participam da CPI, presidida por Lívio Leite (PSDB).
Conclusão
Segundo a vereadora, os parlamentares se reuniriam na semana passada para receber o relatório de Portela. Assim, a expectativa era de que, na segunda-feira (1°) à tarde, em coletiva de imprensa, os membros apresentassem o documento e concluíssem os trabalhos.
Além disso, já na terça-feira de manhã, entregariam ao presidente da Mesa Diretora, o vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB). Entretanto, vale lembrar que o prazo inicial para a entrega seria em 15 de agosto, mas acabou prorrogado.
“Já está bem encaminhado; faltam apenas alguns detalhes. Sempre é possível que os membros consigam aprovar ou apresentar trabalhos paralelos — faz parte do regimento. Todos são encaminhados aos órgãos competentes. Estou entusiasmado para trazer um debate que estava engasgado na garganta do campo-grandense. O Consórcio deixa a desejar na qualidade, e a Prefeitura deixa a desejar na fiscalização do contrato, e quem perde é o campo-grandense”, adiantou Papy.
CPI do Consórcio Guaicurus
Desde abril, gestores do Consórcio Guaicurus, membros da administração pública ligados à regulação e fiscalização do contrato bilionário, ex-funcionários e usuários dos ônibus que circulam na Capital foram ouvidos. Assim, a CPI coletou uma série de elementos que podem indicar irregularidades no serviço prestado ao cidadão campo-grandense.
As denúncias miram especialmente a precariedade da frota, que, além de provocar transtorno na rotina dos usuários, compromete a qualidade do transporte. Além disso, não retribui os lucros milionários obtidos pelo Consórcio Guaicurus — o qual alega estar em déficit financeiro.
Assim, para apurar as ‘desculpas’ dos empresários, a CPI contratou assessorias contábeis e jurídicas, no valor de R$ 140 mil, para devassa nas contas da companhia, que já passou por pente-fino em outras ocasiões e volta a ser alvo de perícia contábil, a fim de reconhecer se, de fato, está em desconformidade ao que entrega na prestação do serviço de transporte coletivo da Capital.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)