Sem o Consórcio Guaicurus oferecer melhorias no transporte público de Campo Grande, a proposta da ‘Tarifa Zero’ pode ser novamente pautada pela Câmara da Capital. Conforme a vereadora Luiza Ribeiro (PT), a proposta deve voltar para a Casa de Leis no segundo semestre deste ano.
O projeto era do ex-vereador Ayrton Araújo (PT), mas deve ter seguimento no plenário com a vereadora Luiza. A parlamentar explicou ao Midiamax que a proposta já é realidade em várias cidades e acredita que pode ser implantada também em Campo Grande.
“Estamos sempre defendendo a tarifa zero, mas é uma mudança de sistema que tem avançado e muitos municípios, inclusive, municípios grandes. Outras capitais, como no Piauí, estabeleceram no metrô. Não é concessão, a prefeitura cria uma empresa de transporte”, explica a vereadora.
Pela proposta, o ‘Tarifa Zero’ “é um programa de transporte coletivo urbano motorizado de passageiros, cujo serviço deverá ser prestado por gestão própria e direta do Município através de veículos apropriados, pelas suas vias e logradouros públicos, terminais, pontos de embarque e desembarque, contando com instrumento de controle, fiscalização e arrecadação de taxas e difusão de informações”.
No texto da proposta, está previsto que o programa seria “acessível a todos os cidadãos de Campo Grande mediante cadastro prévio, bem como, àqueles que, munícipes ou não, exerçam suas atividades laborativas nas circunscrições geográficas do Município, caso em que não ficam dispensados do cadastro”.
No ano passado, a Câmara chegou a promover o seminário “Tarifa Zero no Transporte Público: é possível?” Vários convidados do Brasil participaram no sistema on-line, inclusive representantes de cidades que já implantaram com sucesso a ‘tarifa zero’.
“A proposta está sempre em discussão, mas não é objeto de análise da CPI. O projeto não está tramitando na Casa. Tramitou ano passado, perdemos e a gente tem que esperar um prazo que acaba no começo do segundo semestre para reapresentá-lo”, explicou a petista.
CPI do Transporte Coletivo
Na última quarta-feira (25), 40 usuários do transporte coletivo foram ouvidos durante a audiência pública da CPI dos Ônibus em Campo Grande. Cada um dispôs de três minutos para pontuar melhorias ou reclamações sobre o serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus.
As oitivas ocorreram em dois pontos da Capital: no Plenário Oliva Enciso, na Câmara de Vereadores de Campo Grande, e na Praça Ary Coelho, no Centro da Capital, das 13h às 17h.
Após os depoimentos, os requerimentos foram encaminhados à relatora da CPI, a vereadora Ana Portela (PL). Os principais apontamentos e solicitações dos usuários foram:
- Linhas de ônibus desativadas;
- Retirada de linha nos finais de semana;
- Falta de segurança nos pontos de ônibus, principalmente durante a noite e madrugada;
- Rampa para cadeirantes nos pontos de ônibus;
- Ônibus lotados e atrasos;
- Falta de manutenção em elevadores para PCDs (Pessoas com Deficiência);
- Não funcionamento de aplicativo;
- Ônibus fantasma;
- Falta de segurança civil para o usuário;
- Terminais sujos com equipe limitada para limpeza;
- Renovação e falta de operação dos veículos articulados;
- Falta de fiscalização;
- Transporte alternativo;
- Falta de abrigo (coberturas) nos pontos de ônibus;
- Falta de reforço em horário de pico;
- Melhoria de reforço quando ônibus quebra;
- Sucateamento de frota;
- Falta de qualificação/treinamento de funcionários.
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