Sem mandato, ex-vereador Tiago Vargas ganha cargo na Prefeitura com salário de até R$ 15 mil
Ex-vereador tentou a reeleição, mas foi considerado inelegível devido à demissão do cargo da polícia civil
Thalya Godoy –
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Longe da Câmara Municipal de Campo Grande desde o fim do mandato, em dezembro passado, o ex-vereador Tiago Henrique Vargas (PP) ganhou um cargo na Prefeitura Municipal em que o salário pode ultrapassar R$ 15 mil. A nomeação no cargo em comissão de Assessor Especial, símbolo DCA-1, foi publicada na edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), da última terça-feira (14).
O progressista foi lotado na Secretaria Especial de Articulação Regional, onde deve trabalhar com o secretário Darci Caldo. A nomeação de Vargas no cargo conta desde 2 de janeiro de 2025.
Conforme dados do Portal da Transparência, o vencimento do DCA-1 é de R$ 5.049,45 mensais. Contudo, na mesma edição do Diogrande foi publicado o reajuste nos valores das gratificações de representação que podem chegar até 200% a depender da autorização do titular do órgão e da prefeita Adriane Lopes (PP). Assim, a remuneração do ex-vereador pode chegar aos R$ 15.148,35 mensais.
Além de Tiago Vargas, a prefeita Adriane Lopes não deixou de lado outros ex-vereadores do PP que não foram reeleitos. Sandro Benites foi nomeado como diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes) enquanto Valdir Gomes assumiu como secretário-executivo da Cultura, na última segunda-feira (13).
Inelegível
Tiago Vargas se candidatou nas eleições de 2024, mas não conseguiu reverter a situação de inelegível na Justiça Eleitoral depois que foi demitido do cargo de policial civil. A Justiça Eleitoral derrubou a liminar que liberaria Vargas a se candidatar como vereador na semana do primeiro turno. Mesmo considerado inapto, o progressista recebeu 2.898 votos.
Esta não foi a primeira vez que Vargas sofreu um revés da Justiça Eleitoral durante as eleições. O ex-vereador chegou a ser eleito como deputado estadual em 2022, mas a demissão do cargo de servidor o impediu de tomar posse porque se tornou inelegível. A cadeira acabou ficando com o suplente do PSD, Pedro Pedrossian Neto.
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