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Política

Responsáveis pelo relatório que apontou conforto nos ônibus como ‘excelente’ serão ouvidos na CPI

Na época, documento assinado por auditores da Agetran causou indignação na população de Campo Grande que é obrigada a pagar por um serviço caro e sucateado; oitiva será nesta quarta-feira (7)
Thalya Godoy -
Ônibus em Campo Grande acumulam irregularidades
Ônibus em Campo Grande acumulam diversas irregularidades. (Divulgação, leitor Midiamax)

Dois auditores que assinaram relatório da (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) que classificou o conforto dos ônibus de Campo Grande como ‘excelente’ serão os próximos ouvidos na terceira oitiva da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus. O encontro está marcado para iniciar às 13h, nesta quarta-feira (7), no plenarinho da Câmara de Vereadores. 

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De acordo com o cronograma da CPI, o primeiro a ser ouvido, das 13h às 15h, será o Auditor Chefe de Planejamento do Time Auditoria/Agetran, Giuseppe A. P. Bitencourt. Em seguida, das 15h às 17h, será a vez do Auditor Chefe de Execução do Time Auditoria/Agetran, Luiz Cláudio Pissurno Chaves. 

A finalidade é ouvir os dois sobre a “prestação do serviço de transporte coletivo urbano de passageiros”. A dupla foi responsável por assinar o Remid (Relatório de Monitoramento dos Índices de Desempenho), com o mês de referência de agosto a outubro de 2024, que classificou o transporte público entre bom e excelente. 

O documento, publicado no (Diário Oficial de Campo Grande) em 21 de novembro de 2024, também conta com a assinatura do Auditor Chefe da Auditoria da Auditoria/DIPRE/AGETRAN, Henrique de Matos Moraes. Ele será ouvido na próxima segunda-feira (12), das 15h às 17h. No mesmo dia, a quarta oitiva irá ouvir o Fiscal de Transporte e Trânsito (servidor efetivo/aposentado) da Agetran, Luiz Carlos Alencar Filho.

A vereadora Luiza Ribeiro (PT) chegou a problematizar o relatório durante os primeiros encontros da CPI e propôs a intimação dos auditores. A parlamentar prometeu questionar a metodologia do documento.

Relatório causou indignação

Ônibus quebrando no meio do caminho está entre as principais reclamações dos usuários. (Reprodução, Leitor Midiamax)

O Remid analisou o serviço de transporte público realizado pelo Consórcio Guaicurus. Curiosamente, 6 de 11 índices receberam classificação máxima, enquanto os demais ficam entre ótimo e bom. Na época, o resultado do relatório causou indignação na população que usa o transporte coletivo. 

O relatório avaliou fatores como conforto, acessibilidade, eficiência, regularidades e pontualidade. Conforme os dados, o serviço do Consórcio Guaicurus é excelente para conforto, acessibilidade, pontualidade, qualidade da frota e pessoal a serviço.

Atinge nível ótimo em cobertura do sistema e manutenção da frota. Para a Agetran, o serviço é classificado como bom na regularidade das viagens, eficiência e cortesia na prestação. 

Entretanto, os resultados não foram bem recebidos pelos usuários na época. Um dos comentários mais curtidos na postagem do Jornal Midiamax nas redes sociais ironizou: “Esses agentes literalmente não andam de ônibus”. Outro comentário reforçou a crítica: “Nossa, pensa num conforto, manda os donos irem trabalhar de ônibus já que é tão confortável”, declarou uma usuária.

Outros questionaram a transparência do relatório. “Tem que investigar a Agetran e quem fez esse relatório. Chega a ser ridícula uma afirmação em relatório de uma agência que deveria fiscalizar a prestação do serviço. Mostra claramente a falta de fiscalização e atuação do órgão municipal”, disse outro.

Confira o relatório:

Diretor da Agereg admite que serviço é péssimo e troca de ônibus

O Consórcio Guaicurus terá que trocar 300 ônibus do transporte coletivo até o fim de 2025 em Campo Grande. A informação foi revelada na segunda oitiva da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio na Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira (5).

Usuários dos ônibus das empresas bilionárias relatam diariamente desafios no transporte público da Capital. Goteiras, portas que não funcionam, falta de acessibilidade e superlotação estão entre as reclamações sobre a frota velha do Consórcio.

Contudo, o diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), José Mario Nunes da Silva, considera o total de veículos suficientes para atender os usuários campo-grandenses.

“Com a pandemia houve a redução do número de usuários. Com essa redução, o que aconteceu? Tinha 575 ônibus, hoje 460, supre a necessidade”, considerou José Mario. O presidente da Agência reforçou que a quantidade é suficiente: “Não tem o que aumentar, tem o que repor, trocar, fazer a substituição dos ônibus atuais por ônibus novos”.

Aos vereadores, o diretor da Agereg respondeu se o Consórcio Guaicurus presta bom serviço aos usuários. “Não presta, todos nós sabemos, tem muito a se melhorar”.

Então, questionado sobre as ações da Agência, destacou que estão em tratativas. “Essas conversas estão acontecendo, buscamos um caminho para a troca desses veículos, acredito que até o fim do ano”.

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