Com a saída dos líderes, o PSDB tem ficado enfraquecido em Mato Grosso do Sul. Além disso, agora, pode acontecer um ‘racha’ dentro do próprio partido devido à liderança da sigla tucana que não tem sido aprovada por alguns filiados.
Na manhã desta segunda-feira (6), um encontro entre vereadores e o atual líder do PSDB, o deputado federal Geraldo Resende, tem dado o que falar. Parlamentares alegam que podem até desistir da disputa eleitoral de 2026 se, acaso, a liderança da sigla tucana não mudar.
O vereador Professor Juari disse que os parlamentares gostariam que o líder do PSDB seja o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), que por sua vez, deseja assumir a liderança, mas a presidência provisória está sendo comandada pelo deputado federal Geraldo Resende até 21 de outubro, quando o diretório nacional vai indicar os presidentes dos ninhos tucanos em todo o Brasil.
Casas de Leis
Na Câmara da Capital, dos 29 vereadores, cinco são do PSDB. Além do Professor Juari, Victor Rocha, Flávio Cabo Almi, Papy e Silvio Pitu também são integrantes da sigla tucana.
“Os vereadores do PSDB não estão querendo comentar muito, mas nós queremos o Caravina na liderança. Caso o presidente do partido não mude, muitos vereadores que estavam pensando em concorrer nas eleições do próximo ano devem desistir. Eu gostaria de disputar como deputado federal, mas se continuar o Geraldo Resende, eu não vou mais”, disse Juari.
Debandada tucana na Alems também Como também apurado pelo Jornal Midiamax, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, uma debandada do PSDB também está em março do próximo ano. A sigla tem a maior bancada na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul): Lia Nogueira, Caravina, Jamilson Name, Paulo Corrêa, Zé Teixeira e Mara Caseiro.
Destes, há a possibilidade de ficarem apenas Lia e Caravina, com a alternativa de ser mais uma via de apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel (PP).
Contudo, Riedel deixou o PSDB e se filiou ao PP um dia após o presidente nacional do ninho tucano, Marconi Perillo, vir a Campo Grande.
Presidência do PSDB
Ao Jornal Midiamax, Caravina afirmou a vontade de assumir a presidência do PSDB. “Se for algo que dê para gente tocar, eu tenho interesse. Agora, se a gente sentir que o partido também não tem interesse, que o Estado tenha uma musculatura, vou ficar fazendo o quê no partido?”, refletiu.
Entretanto, o deputado faz uma análise do cenário atual do PSDB para os próximo ano. “O partido tem quatro vereadores que querem ser candidatos a estadual e federal. Nós temos pré-candidatos com vários princípios grandes, o PSDB é o único partido que tem essa capacidade. Se você pegar o PSD, você tem que começar do zero, apenas o Pedrossian Neto como deputado, o Barbosinha como vice-governador e o senador Nelsinho. Se abandonar o PSDB, estará jogando fora uns 100 mil votos em 2026”, analisou.
Ele disse ainda que tem visto possibilidade de nova filiação, caso realmente o PSDB não seja ‘reanimado’. “Pode ser PP, talvez. O MDB tem um posicionamento meio antagônico no nível nacional. Eu não apoio o PT. O PP é o partido do nosso governador, com quem eu tenho uma ligação, então pode ser. Mas eu gostaria muito que o PSDB tivesse chapa. Acho que é um partido muito grande para se acabar.”
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