Falta um ano para as eleições de 2026, mas a política em Mato Grosso do Sul já passa por momentos de intensas movimentações. Dentro do PSB (Partido Socialista Brasileiro) existe impasse sobre apoios no próximo pleito. Devido à ideologia da Nacional, a sigla deve apresentar mudanças na diretoria, tanto do diretório municipal quanto estadual.
A recente filiação do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, ao PP afetou o cenário da legenda. O ex-tucano tem o apoio dos ‘chefões’ do PSB de MS para tentativa de reeleição à cadeira do governo do Estado.
Contudo, o impasse dentro do PSB é o posicionamento das siglas. Isso porque Riedel agora é filiado a um partido considerado de direita. Isso poderia não agradar a nacional do PSB, considerada de centro-esquerda.
Vice-presidente
Além disso, a situação possui outro ponto crítico. Com a filiação em partido de direita, Eduardo Riedel não deve apoiar a reeleição do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao lado de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) atua como vice.
Então, Geraldo Alckmin vice de Lula tornaria dificultoso que os políticos do PSB consigam liberdade de apoiar a reeleição de Eduardo Riedel. Quem apontou a situação interna ao Jornal Midiamax foi o vereador e presidente municipal do PSB, Carlos Augusto Borges, o Carlão.
Deputado estadual e presidente do diretório estadual do PSB em Mato Grosso do Sul, Paulo Duarte deve sair do partido. O motivo seria a incerteza sobre liberdade para apoio à reeleição de Eduardo Riedel ao Governo do Estado.
Carlão já havia adiantado ao Jornal Midiamax que Duarte vai deixar a cadeira de presidente estadual da sigla. “Fiquei sabendo que vai deixar o PSB. Não tenho certeza, mas me falaram que ele estava querendo ir para o PSDB“, disse.
Diretório
Além disso, Carlão disse que irá procurar resolutiva sobre como ficará a diretoria do partido no Estado. “Vou viajar para Brasília para me encontrar com a direção nacional do partido e ver se eles têm algum nome para ser presidente do diretório. Vou ver ainda o que eles dizem. Não temos nada concreto”, afirmou Carlão.
O vereador defende a busca pela reeleição de Eduardo Riedel. Contudo, também acaba no impasse. “Seria ótimo se a nacional conseguisse nos dar a liberdade de cada Estado decidir quem apoiar, mas eu acho meio difícil”, disse.
Carlão apontou a participação do PSB no projeto do PT para a presidência da República. “O Geraldo Alckmin é do PSB e é vice do Lula. Acho que devem querer que a gente apoie o PT”, explicou Carlos Augusto Borges.
O vereador disse que não descarta a possibilidade de se licenciar da sigla para ficar ‘neutro’ durante o período eleitoral.
A situação, segundo Carlão, exige posicionamento estratégico. Neste caso, disse que o PSB-MS precisará avaliar se continuará a apoiar Riedel ou se alinhará com as diretrizes do partido em nível nacional.
Mudanças
No próximo dia 13 de outubro, o PSB de Mato Grosso do Sul vai realizar um encontro importante, que promete trazer à tona discussões cruciais para o futuro do partido no Estado. Autoridades nacionais foram convidadas, mas até o momento Carlão não confirmou a presença.
Ao Jornal Midiamax, Carlão ressaltou a importância de que cada Estado possa escolher quem apoiar, seja de direita ou de esquerda. O vereador disse que pode deixar de concorrer a deputado federal ou estadual caso o partido não forme uma chapa competitiva em Mato Grosso do Sul.
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(Revisão: Bianca Iglesias)