Deflagrada nesta terça-feira (7), a segunda fase da Operação Prometeu investiga possível caso de corrupção e grilagem de terras em Corumbá. Prefeito do município, Gabriel Alves (PSB) disse que o Executivo não recebeu nenhuma notificação sobre a investigação.
Assim, ao Midiamax, o prefeito comentou que a Polícia Federal não contatou oficialmente a Procuradoria-Geral. “Oficialmente, a gente não foi notificado. Falam que é de um desdobramento de operações passadas, porque já teve uma anterior. Mas oficialmente, até agora, na procuradoria não tem nada. Na própria secretaria não tem nada. A gente está até buscando informações também”, explicou sobre a situação.
Contudo, Alves informou que soube da operação por grupos de redes sociais e que não possui detalhes sobre a operação. “A princípio a gente não tem ciência do que se trata. O que a gente soube foi pela nota da Polícia Federal e da imprensa”, garantiu.
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Procuradoria acionada
Ademais, o prefeito de Corumbá disse que a Procuradoria do município busca acesso aos autos da operação. “A gente pediu para o procurador ver se consegue informações sobre o que está acontecendo”, afirmou.
Isso porque o município quer “passar para a população, para mostrar o que que é”, explicou o prefeito. Por fim, destacou que as investigações não se tratam da gestão atual. “Fica parecendo até que é da nossa gestão, eu não sei nem de que gestão que é”, pontuou.
A Prefeitura de Corumbá também se pronunciou oficialmente. Em nota do site, o Executivo apontou que tomará providências cabíveis. No entanto, apenas se houver confirmação do envolvimento de servidores.
Fases da operação
A fase atual da operação visa desarticular um grupo criminoso que supostamente ocupa e explora ilegalmente terras da União. Eles utilizando servidores públicos para a regularização fraudulenta das áreas.
Conforme a Polícia Federal, a primeira fase da operação, que apurou crimes de incêndio e desmatamento, revelou que as queimadas eram a etapa inicial de um esquema de grilagem.
As investigações posteriores identificaram que servidores do Incra Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e de um órgão municipal estariam emitindo documentos para legalizar as áreas invadidas, mediante pagamento.
Com base nos elementos colhidos pela PF, a AGU (Advocacia-Geral da União) solicitou o bloqueio de R$ 212 milhões do patrimônio dos investigados e uma condenação de R$ 725 milhões por danos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de incêndio, desmatamento, grilagem de terra, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e também por associação criminosa.
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